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As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

FRANÇA APROVA UM AUMENTO NA LICENÇA DE PATERNIDADE

NOTÍCIAS BOAS

Ontem o Presidente da República, Emmanuel Macron, anunciou que a partir de Julho, a licença de paternidade (em francês, "congé paternité") vai passar a ser de 28 dias, o dobro do tempo atual, os míseros 14 dias. Finalmente os pais vão poder estar mais presentes em casa para cuidar dos filhos recém-nascidos, durante quase um mês, e assim aumentar o vínculo entre entre eles!

Eu ainda acho que são poucos dias, mas não deixa de ser uma notícia boa para quem está a pensar ter filhos no próximo ano...

E em Portugal, qual é exactamente o tempo da licença de paternidade?! Tenho ideia que é muito mais tempo...

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NÃO TENHA FILHOS

Numa das minhas "voltas" pelo Instagram encontrei este texto maravilhoso, escrito por um famoso colunista brasileiro, Marcos Piangers, que retrata uma realidade triste dos nossos dias: "a falta de tempo para os filhos"!

 

Gostei tanto deste texto que tinha que partilhar com vocês... Um texto que nos faz reflectir e que transmite uma mensagem importante, da forma mais simples e directa... Percam uns minutos do vosso precioso tempo e digam o que acharam desta palestra...

 

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"Não que eu seja o melhor palestrante de escola, mas o convite tem acontecido cada vez mais frequentemente. Não para palestrar para crianças, mas para pais. Algumas dão até o nome de Escola de Pais.

Parece que os pais estão perdidos, omissos, distantes. Eu falo por mais de uma hora, mas o que as escolas querem mesmo que eu diga é só uma coisa: vocês têm que participar mais.

Mas eu não tenho tempo, diz um pai. Estou na correria do dia a dia, diz outro. Mas tenho que pagar as contas, diz uma. Mas trabalho o dia todo e de noite tenho academia, diz outra.

ENTÃO, NÃO TENHA FILHOS.

Não tenha filhos se você não tem tempo, se tem muitas contas para pagar, se precisa ir na academia. Não tenha filhos se está muito cansado, se não tem saco para lidar com criança. Não tenha filhos.

Uma proprietária de creche contou-me que um pai chegou ao ponto de pedir para abrir a escola sábado e domingo, para ele deixar o filho lá no fim de semana também: “Trabalho a semana toda e no fim de semana preciso dormir”, disse ele.

ENTÃO, NÃO TENHA FILHOS.

Entendo que ter um filho tornou-se uma moeda social, algo para a gente tirar uma fotografia bonita e colocar no Instagram. Mas não tenha. Se não tiver tempo, paciência e dedicação, não tenha. Seja feliz sem filhos.

E se já tem, então crie. Crie com todo amor e carinho. Crie com menos gastos e mais tempo junto. Filhos exigem reorganizar tudo o que você estava fazendo. Dura uns vinte anos. Vai passar rápido. Quando você menos esperar eles crescem e vão embora. Dai você faz o que quiser. Se é para ter filho, só preciso mesmo dizer uma coisa: você precisa participar mais!"

COISAS DE MÃE

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Desde que o Gui nasceu, a nossa casa transformou-se numa verdadeira creche... 

É o babycoque, é o carrinho de passeio, é a alcofa, é a cadeira para comer, é a "cadeira baloiço" para ele brincar, é o carrinho dele brincar, é o "ginásio", é o tapete para ele brincar, e mais uma série de artigos que tornaram a nossa sala  mais colorida!

Isto sem falar dos produtos de higiene e dos inúmeros brinquedos que o Gui, ao longo do dia, vai espalhando por onde passa...

Como é que é possível um ser tão pequenino consegue ter tanta tralha e desarrumar tanto uma casa?!

SOCORRO TEMOS UM BEBÉ...

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No sábado passado decidimos ir fazer umas comprinhas ao shopping e aproveitar os saldos, o que não sabiamos é que iríamos encontrar tantas dificuldades por lá pelo facto de termos agora um bebé...

 

Confesso que evito ir aos shoppings ao fim-de-semana pois, regra geral, é sempre uma enorme confusão, mas agora com o Gui a probabilidade de isto acontecer passou a ser muito maior.

 

Só quando somos pais é que nos apercebemos dos inúmeros obstáculos que existem nestas imensas superfícies (e não só)... E enganem-se se pensam que aqui tudo está bem mais "equipado" que em Portugal, pelo menos eu tinha essa ideia uma vez que existem imensas crianças por aqui.

 

Fraldários são quase inexistentes. Imaginem só um shopping imenso só com um fraldário, apenas para uma criança, onde mal cabe um carrinho de bebé e mal se consegue respirar... Foi exactamente isto que encontramos, trocamos uma vez o Gui e na vez seguinte fizemo-lo no banco de trás do nosso carro pois a fila de espera era grande.

 

Elevadores para nos deslocarmos de uns pisos para os outros, ou estavam avariados, ou estavam bloqueados, ou então mal sinalizados! Só para terem uma ideia, entramos numa loja e depois de atravessarmos a loja toda para subirmos ao andar de cima, para vermos a secção de roupa para bebés, deparamo-nos com o corredor que dava acesso ao tal elevador cheio de roupa!!! Enfim, fomos obrigados a sair da loja e a percorrer o shopping para encontrarmos os famosos tapetes rolantes (que também não existem em todo o lado!) de modo a subir ao andar. Não seria mais fácil colocar antes tapetes rolantes em todo o lado?! 

 

E sítios recatados para alimentar/amamentar um bebé?! Isso então, nem pensar, são de facto inexistentes! Os únicos locais que existem, e que não são muitos e estão sempre apinhados de gente, encontram-se nos corredores do shopping, onde o barulho atinge o "máximo  permitido por lei"! Ora eu que queria amamentar o Gui num local calmo e fora dos olhares dos mais curiosos, fui obrigada, uma vez mais, a deslocar-me duas vezes ao carro para fazê-lo!!! Tenho a sensação que só eu é que devo amamentar por estes lados...

 

No fim, e como devem calcular, o tempo gasto entre andar a correr para o carro para mudar e amamentar o Gui e percorrer o shopping à procura dos tapetes rolantes foi muito superior àquele que gastámos a entrar nas lojas... Basicamente entramos em 3 ou 4 lojas e acábamos por desistir de ver mais alguma coisa, pois tinha chegado a hora de mudar outra vez o Gui...

 

Decididamente só agora que o Gui nasceu é que vemos que nada aqui parece estar adaptado para quem tem bebés! 

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O PRIMEIRO MÊS DO GUI...

Os primeiros cinco dias de vida do Gui foram passados na Maternidade. Aqui em França, numa primeira gravidez, por parto normal, a mãe e o bebé ficam, por norma, este período de tempo internados, uma forma que eles encontraram de ajudar a mãe e o bebé numa fase inicial da vida, de forma a esclarecer todas as dúvidas e medos que possam surgir. Confesso que no início achei um absurdo tanto tempo de internamento, ainda por mais quando falamos de um parto normal, mas assim que o Gui nasceu e os dias foram passando depressa compreendi que a ideia era genial... Reconheço que ter ficado 5 dias permitiu-me ter mais confiança no processo da amamentação, uma vez que o Gui ao terceiro dia teve que fazer suplementos, e quando tivemos alta já ele começava a recuperar o peso e a mamar melhor.

 

Regressamos ambos a casa numa sexta-feira, exactamente no Dia de Portugal (dia de 10 de Junho)... A ansiedade por entrar novamente em casa era muita, tinha saudades de uma certa tranquilidade e privacidade, tinham sido 5 dias muito intensos... Sentia que agora precisávamos de um tempo só para nós os três...

 

E assim foi, optámos por não ter muitas visitas no primeiro mês, apenas as essenciais... A família e os amigos próximos, o tempo agora era de adaptação...

 

As primeiras duas semanas, em casa, foram as mais complicadas, estabelecemos novas rotinas, ou tentámos, porque o nascimento de um filho assim o exige.

 

O mais complicado foi, sem dúvida, o ter que acordar de 3 em 3 horas durante a noite para amamentar e mudar o Gui... Ainda hoje é o mais complicado para mim... O Gui até tem um acordar sossegado a meio da noite, não é de chorar muito, normalmente leva uns 5 minutinhos a acordar, emite uns gemidos como se estivesse resmungando, estica-se todo e lá acorda, o difícil é lutar contra o meu sono...

 

São cerca de 45 a 50 minutos, entre ele comer, colocá-lo a arrotar, trocá-lo e voltar a dormir. À conta disto, tenho a sensação que não durmo durante a noite... O meu marido ainda me tenta ajudar, de vez enquando, na troca da fralda... Mas também para ele não é fácil pois tem que acordar cedo para ir trabalhar... Fartamo-nos de rir pois são várias as vezes que ele acorda e pensa que eu ainda não troquei o Gui e dá um salto da cama e começa a preparar tudo para o mudar, quando eu já o mudei, e o contrário também acontece, estou eu com tudo preparado e ele acorda e começa a arrumar tudo sem eu ainda ter começado a trocá-lo... (eh... eh... eh...) 

 

Fora isto, não nos podemos queixar muito... Acho até que o Gui aprendeu bem rápido a mamar de forma eficaz, e hoje ele é capaz de virar a carinha para os lados e abre a boca como se pedisse para comer, ou quando encontra alguma coisa como uma fraldinha ou mesmo o braço de quem o segura, ele procura logo mamar, ou então começa a chupar os dedos das mãozinhas.

 

De dia ainda não foi estabelecida nenhuma rotina para comer, normalmente é de 2 em 2 horas, pode ser mais ou pode ser menos, tudo depende do estado de esprírito do Gui... Quando está mais nervosinho, chega a comer de hora a hora!

 

As cólicas começaram por volta do 15º dia de nascimento, começa a "torcer-se" todo, fica todo vermelho, e chora bem alto, é muito difícil gerir esta dor... E se no início ele não me deixava fazer uma simples massagem com as perninhas, agora já vai tolerando.

 

O coto do cordão umbilical caiu exactamente ao 16ª dia, foi mesmo bom assistir a todo o processo de cicatrização.

 

Quanto ao peso, vai no "caminho certo... Perdeu algum peso quando nasceu, mas neste primeiro mesinho já aumentou quase 1 kilinho, e cresceu 5cm. À conta disso já tivemos que comprar mais algumas roupinhas pois muita da roupinha, de um mês, já não lhe serve! 

 

Claro que, durante este primeiro mês, nem tudo foi maravilhoso... Houveram dois ou três dias em que o Gui chorou mais e mais alto, quis comer a toda a hora e só quis colinho... Dias em que mal tive tempo de olhar para o espelho e comer como devia ser... Felizmente esses dias foram bem poucos. Com isto, não quero desanimar ninguém, muito pelo contrário, quero sim alertar para o facto de que as dificuldades também existem, o importante é estarmos preparadas para elas, caso contrário corremos o risco de entrarmos num processo de exaustão.

 

Este primeiro mês foi assim, um processo de aprendizagem que ainda agora começou... Foi um mês cheio de emoções, onde a nossa vida mudou, tornando a dar mais uma volta, talvez a volta mais importante das nossas vidas... E se querem saber, estamos a ADORAR!

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E ASSIM NASCEU O GUI...

Achei que seria interessante fazer um post sobre o nascimento do Gui, algo onde pudesse partilhar com vocês como tudo aconteceu de forma a poder vir até aqui um dia e relembrar cada momento vivenciado...

 

O nascimento do Gui estava previsto por parto normal, por isso, eu como mãe de primeira viagem tudo era novo, haviam imensas dúvidas de como iria ser o dia e se seria assim tão fácil saber o momento em que deveríamos ir para a maternidade...

 

Li muito, procurei relembrar conhecimentos adquiridos (no meu curso de enfermagem), adquiri conhecimentos... Sentia que estava preparada, mas sabia também que a realidade podia ser diferente...

 

Comecei a sentir as primeiras contracções pouco antes de uma semana do Gui nascer, nada de especial, a barriga ficava dura durante uns 30 a 45 segundos e depois voltava ao normal.... Até que na sexta-feira, dia 3 de Junho, notei que as contracções eram mais frequentes e começavam a ser "chatas", o dia passou-se bem mas perto das 2h da manha estas intensificaram-se, e começaram a ficar regulares (todos os 5 minutos) e dolorosas.... Por volta das 4h, perdi o rolhão mucoso, e às 5h liguei para a maternidade... A enfermeira falou-me de uma forma tão "grosseira" que desliguei o telefone incrédula com aquele atendimento. Fiquei tão fula que decidi esperar mais um pouco... Até que às 7h da manhã estas começaram a diminuir subitamente.

 

Nessa noite praticamente não dormimos, acabando por adormecer por volta das 8h às 14h... Estava mesmo cansada, mas como as contracções tinham diminuído achei que era boa ideia fazer uma caminhada... A ideia até era boa, mas a caminhada resumiu-se a pouco mais longe de uns 300 ou 400 metros da nossa casa... Andamos praticamente "às voltinhas", parei imensas vezes pois volta e meus surgia uma contracção... Sentia-me cansada mas sabia que o melhor que tinha a fazer era andar, para acelerar o processo... Nesse dia, finalizamos a nossa mala de maternidade, e à noite compramos o nosso jantar super-calórico no KFC (eh..eh...eh..), e embora tivesse algumas dores e estivesse cansada, não tinha perdido a fome!

 

A noite estava a "chegar", eram 22h e as contracções recomeçavam, mais uma vez, mais regulares e dolorosas (5 em 5 minutos)... Às 3h tornei a ligar para a maternidade e expliquei o que se passava... A enfermeira, do outro lado, com uma voz nada simpática, aconselhou-me a ficar em casa mais 2 ou 3 horas... Parecia mesmo que o pessoal da maternidade não queria trabalhar durante a noite!

 

Contei todos os minutos, até chegar às 5h da manhã, onde decidimos ir para a maternidade pois não aguentava mais tanta dor...

 

Ao chegar, mais uma vez, as contracções tinham começado a diminuir de intensidade e não eram tão regulares, não conseguia compreender porque motivo estas só surgiam à noite... Fui examinada, tinha apenas 1cm de dilatação, mas como tinha tido muitas dores fiquei internada.

 

Era domingo de manhã, o dia estava muito cinzento, eu e o meu marido estávamos exaustos de cansaço... O dia avizinhava-se longo....

 

Tornei a ser examinada às 9h, descobri que o saco amniótico tinha rompido em casa, e não tinha dado conta, foi-nos então dito que deveria andar, fazer exercícios na bola de pilates, pois se não entrasse em trabalho de parto provocariam o parto no dia seguinte de manhã. Nessa altura as contracções eram bem menos regulares e pouco dolorosas, tinha a sensação que parecia estar a passar o papel da grávida "picuínhas"...  Não conseguia compreender porque raio é que as contracções só surgiam à noite?!

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Apesar de esgotada, andei o domingo todo a fazer o que me foi recomendado, mas nada se alterou... Às 21h as contracções regulares, dolorosas, a cada 5 minutos, recomeçavam... A enfermeira da noite veio ver-me, e como não suportava mais outra noite como a anterior, subi ao bloco de partos onde fui examinada por uma enfermeira parteira super antipática e desumana (nesta altura mantinha 1cm de dilatação)... O impressionante é que no momento que fui examinada as dores e as contracções quase que desapareceram... Mesmo assim ela deu-me 2 comprimidos de paracetamol codeína para o caso destas voltarem...

 

Chegamos ao quarto e tudo recomeçava, as contracções estavam mais fortes do que nunca, o Gui mexia imenso, parecia que ele ía nascer alí mesmo... Tomei os comprimidos por volta das 00h, mas de nada adiantaram, foi a pior noite da minha vida, nunca tive tantas dores! Como tinha sido avaliada, e perante aquele atendimento, optei por não tocar à campainha, sabia que nada iriam fazer... Fui tomar um banho quente para ver se estas aliviavam, mas nada!

 

A noite de 5 para 6 de Junho foi a pior noite da minha vida... Pus muitas vezes em causa se estaria tudo bem, tive muito medo que algo pudesse dar errado por não chamar por ninguém... A noite foi passada em branco, esgotada e não aguentado mais, eram 7h quando a enfermeira da noite apareceu para me perguntar como tinha passado a noite...  Perante o meu sofrimento disse-me que tomasse um banho e que iria tomar um pequeno-almoço leve para subir para a sala de partos... Com tanta dor não consegui comer nada, queria é que o Gui nascesse e aquelas dores desaparecessem de uma vez...

 

Subi às 8h para o bloco de partos para ser examinada por uma enfermeira parteira, as dores continuavam insuportáveis, estava com 3 cm de dilatação, finalmente não precisava esperar mais!

 

Num misto de alegria e cansaço, chorei por saber que o momento finalmente tinha chegado! Fui para a sala de partos, colocaram-me o catéter epidural (que não senti nadinha a colocarem) e a partir daqui as dores desapareceram por completo, sentia-me rejuvenescida e maravilhosamente bem! 

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A enfermeira parteira era 5 estrelas, simples, mas atenciosa e preocupada, foi-nos explicando como tudo iria se passar... Agora só tínhamos que aguardar até à dilatação total, para o Gui nascer! 

 

Durante esse processo de espera, eu e o meu marido brincamos imenso com a situação, imaginamos como iria ser o momento e de tão descontraído que estávamos tudo parecia bom de mais... Até que de repente, por volta do meio-dia, os batimentos cardíacos do Gui começaram a descer muito (de 160 passaram para os 60 e tal), começamos a ficar muito preocupados, vimos no olhar da enfermeira parteira que algo não estava bem... Subitamente o medo instalou-se em nós!

 

A enfermeira pediu apoio médico, e durante esse período foi-me colocada uma máscara de oxigénio e pedido para respirar profundamente... O medo que algo pudesse acontecer apoderou-se de mim, e sem perceber porquê comecei a tremer tanto e tanto que não conseguia parar de fazê-lo...

 

No início pensei que estivesse a fazer uma crise de ansiedade mas logo foi-me explicado que tudo se devia à medicação administrada pelo catéter epidural. Depois de me terem dado medicação, os batimentos do Gui recuperaram, mas eu continava a tremer tanto que só conseguia pensar que algo errado pudesse estar a acontecer ao Gui e a mim... Foi um momento realmente assustador!  

 

Não sei exactamente quanto tempo durou este pesadelo, para nós, tempo de mais... Felizmente, aos poucos tudo se restabeleceu, mas até o Gui nascer, nunca os monitores foram tão vigiados por nós, com medo que o pesadelo voltasse a acontecer. Felizmente nada se repetiu e depois disto, foi continuar a esperar...

 

Desde que me colocaram o catéter epidural nunca senti qualquer dor, estava tão anestesiada, que todo o processo aconteceu sem nenhuma dor...

 

O momento em que vimos o Gui nascer foi realmente algo mágico, uma sensação única e indiscritível... Mal ele saiu, chorou de forma "timida" e foi colocado sobre mim... Escusado será dizer que abracei-o com as poucas forças que ainda me restavam e chorei de felicidade por ver que o nosso Gui estava finalmente juntinho aos papás! Eram exactamente 16h04min quando o nosso Principezinho nasceu!

 

O papá cortou depois o cordão umbilical, a enfermeira limpou o Gui minimamente, pesou-o e mediu-o e tornou a colocá-lo junto do meu peito para que eu pudesse amamentá-lo... Estivemos ali na sala, os 3, duas horas para termos a certeza que tudo estava bem!

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É certo que tive muitas dores na noite anterior ao parto, vimos os batimentos do Gui descerem, ficamos preocupados e estávamos exaustos... Mas no momento que vimos o nosso Principezinho tudo foi esquecido como se se tratasse de um capítulo bem longínquo das nossas vidas!

 

A partir daqui, avisámos os nossos familiares e amigos e partilhámos esta notícia tanto esperada... E foi assim que no dia 6/6/2016, entrámos num novo capítulo das nossas vidas...

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Se faria tudo outra vez?!

Claro que faria!