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As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

AFINAL ESTAVA ENGANADA

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Depois do episódio de ontem, hoje decidi voltar então ao supermercado... Ía sem qualquer esperança, mas mesmo assim fui para ter a certeza...

 

Ainda não tinha chegado à "área das informações" e a funcionária já olhava para mim, ao mesmo tempo que abria a porta de um armário... Nem foi preciso dizer nada, a senhora ainda se lembrava de mim do dia anterior, e num ápice tirou a sapatilha do armário e entregou-ma com o mesmo sorriso que eu a recebi!

 

Mas que boa noticia, não é que as sapatilhas tivessem sido caras, mas foram as primeiras sapatilhas com sola que o Gui teve, e foi com elas que ele deu os seus primeiros passinhos... Ainda bem que eu estava enganada, felizmente ainda existem pessoas sérias que fazem boas acções!

 

A EMOÇÃO DOS PRIMEIROS PASSOS

O Gui deu os seus primeiros dois passos sozinho no dia em que completou o seu primeiro Aniversário, foi um momento tão inesperado e emotivo que ficará para sempre guardado na nossa memória.

 

A partir desse dia foi sempre a somar passinhos, cada vez mais destemidos e aventureiros... E se o Gui a gatinhar já não parava um segundo quieto, agora que começou a andar os riscos e as aventuras multiplicam-se... Está sempre a desafiar-nos e está sempre pronto para fazer uma asneira... E posso garantir que esta fase tem tanto de divertida como de cansativa, pois não podemos perder o Gui de vista... O mais engraçado é que quando ralhamos com ele para impedir que faça alguma uma asneira, ou quando vamos a correr atrás dele para impedir que faça algo, ele acha que estamos sempre a brincar com ele e lança um grande sorriso que acaba, quase sempre, por nos "desarmar por completo", outra vezes, começa a fugir para que corramos atrás dele... Para quem está de fora acha imensa graça a toda esta situação, mas para nós pais acaba por não ser fácil ensinar-lhe o que está certo e errado...

 

Confesso que ver o Gui começar a dar os seus primeiros passos, sem apoio, foi um misto de alegria e de medo: alegria por vê-lo crescer e atingir com sucesso mais um marco importante, e medo por recear que, num desses passos, pudesse cair e magoar-se. Sei que este sentimento de "medo" não irá desaparecer, pelo menos para já,  pois coração de mãe é mesmo assim, por mais que tentemos abstrair-nos das coisas ruins, há sempre o receio que algo de "menos bons" possa acontecer. O importante é que este "medo" seja saudável e não impeça o desenvolvimento do nosso filho, é fundamental que a criança sinta confiança que tudo vai dar certo para que na "hora H" ela seja capaz de dar os primeiros passos e possa sentir que do outro lado está alguém de braços abertos que vai segurá-la e vai ajudá-la a conquistar a sua própria liberdade.

 

Esta é, sem dúvida alguma, uma das fases de desenvolvimento que marca para sempre a vida de quem é mãe e pai... Ver o nosso Principezinho andar sozinho, com um grande sorriso e com os braços abertos, correndo na nossa direcção é das coisas mais emocionantes que existe na vida! 💙

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