A ESCOLHA DA MATERNIDADE EM FRANÇA
Em França, a escolha da maternidade é baseada fundamentalmente em 2 critérios: na proximidade do local de residência e no tipo de gravidez.
Dependendo de como se desenvolve a gravidez, o obstetra ou a enfermeira parteira aconselham (e direcionam se fôr caso disso) o tipo de estabelecimento que mais se adequa, isto porque aqui as maternidades estão classificados em três níveis, de acordo com a capacidade que têm em seguir as gestações (gravidezes simples ou de risco):
- Nível 1 - para as gravidez "simples" e sem complicações, o bebé nasce naturalmente por via vaginal ou por cesariana;
- Nível 2 - apresentam uma unidade de neonatologia e acolhem gravidezes de risco ou múltiplas. Eles podem suportar desde bebês de parto que necessitam de cuidados médicos especiais.
- Nível 3 - aquelas que possuem uma unidade de cuidados intensivos neonatal. Para os casos de gravidez de risco, sobretudo aquelas ligadas a nascimentos prematuros.
Normalmente a inscrição faz-se por volta do 5º mês de gravidez, mas é sempre melhor informar-se junto da maternidade sobre os prazos de inscrição, pois há estabelecimentos que exigem que se faça a inscrição mais cedo. No entanto, em caso de urgência, a grávida pode dirigir-se a qualquer maternidade, mesmo se não estiver inscrita.
Ao inscrever-se verifique sempre as taxas cobradas pelas instituições privadas, pois o parto é suportado a 100% pelo seguro de saúde (ao que aqui em França se chama Mutuelle), tendo por base o preço do parto nos hospitais públicos. Por isso, se escolher um hospital privado informe-se o que é que o seu seguro de saúde cobre em relação a pedidos especiais (quarto individual, cama para o pai, televisão, linha telefónica...).
Só para terem uma ideia, no nosso caso, optámos por um hospital privado (maternidade do nível 1) bem perto de casa, após a recomendação de várias pessoas que fizeram lá o parto (acreditem que se torna bem difícil escolher quando não se conhece nada!). Temos noção que se optássemos por uma maternidade pública, não teríamos que gastar nenhum dinheiro, mas como o hospital público mais perto da nossa residência não tem "grande fama", optámos pelo serviço privado de forma a que possamos usufruir deste momento de uma forma mais tranquila. Temos um seguro de saúde que cobre a totalidade do parto com a excepção da anestesia epidural (que tem um valor de 270 euros), em relação ao quarto, e como optámos por um quarto particular, dos 120 euros/noite que o hospital cobra, o seguro paga quase 100 euros/noite; já para a cama-extra (para o meu marido ficar junto) o hospital cobra 20 euros/noite (aqui ainda não consegui obter a informação se seremos reembolsados ou não mas, independentemente disso, a decisão de ele ficar está mais que tomada). Por isso, fazendo todas as contas, achámos que as despesas que vamos ter compensam em muito as comodidades que vamos poder usufruir num dos momentos mais importantes da nossa vida!