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As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

GREVE NACIONAL DOS PROFESSORES

E as greves nas escolas continuam por aqui... Uma em Novembro, duas em Dezembro, uma a semana passada, outra amanhã e outra para a semana que vem!

Em Novembro estava de folga, em Dezembro deixei o Gui um dia na casa de uma amiga e no outro na casa da ama que era dele (e agora é do Martin), a semana passada o R. estava em casa por causa da professora do Gui ter testado positivo à Covid-19, amanhã também não haverá problema porque estou de folga, mas para a próxima semana vamos ter que ver como iremos fazer se a escola do Gui aderir à greve pois não estou de folga!

Basicamente os professores opõem-se a este novo protocolo sanitário (que também eu acho absurdo) e exigem contratações de mais profissionais...

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Eu até concordo que eles devem fazer greve mas não é todos os meses... E muito menos todas as semanas porque não é fácil reorganizar a nossa vida quando não temos ninguém para nos apoiar...

ESCOLA E AMA EM TEMPOS DE PANDEMIA

Terceira vaga Covid-19 em França

Depois de tantas incertezas e confusões, na sexta-feira, ficamos a saber que afinal as amas íam poder continuar a trabalhar, por isso o Martin poderia continuar a ir para a Manu. Faltava agora ter certeza em relação ao Gui...

Na sexta-feira de manhã perguntei à directora se o Gui teria direito a ter acesso à escola/ tempos livres uma vez que eu era considerada "profissional prioritária no combate à Covid-19", embora o R. não fizesse parte dessa lista. Com a maior das convicções, a directora afirmou-me que o Gui não teria direito porque para isso os dois pais teriam que fazer parte dessa "lista de profissionais prioritários". 

Confesso que não fiquei convencida com aquela resposta e tentei obter informações noutras fontes... Perguntei às minhas colegas como estavam a fazer as outras escolas, e uma delas, que pertence à associação de pais, disse-me que tínhamos direito, e que bastava apenas um dos pais ter uma profissão considerada "prioritária". Aproveitei que nesse dia o Gui tinha ido aos tempos livres e coloquei a mesma questão, ao qual responderam com um "grande sim"...

Nesse mesmo dia, enviei os documentos necessários, para a Câmara Municipal, de forma a transmitir os dias que precisávamos que o Gui frequentasse a escola/tempos livres. Mas na segunda-feira à noite, a directora da outra escola informava-me que o Gui não fazia parte da lista de alunos inscritos, lista essa que tinha sido fornecida pela escola dele... Li duas ou três vezes aquele e-mail e naquele instante nem queria acreditar que a directora não tivesse colocado o Gui na lista... Enviei-lhe imediatamente um e-mail a pedir-lhe que fizesse a inscrição dele porque reuníamos todos os critérios necessários. Numa questão de minutos, sem qualquer pedido de desculpas por parte dela, a inscrição estava feita, alegando apenas que as directivas tinham apenas sido alteradas naquele dia à noite...

Fiquei impressionada com a falta de organização e informação por parte da directora da escola, mas cá para mim tudo isto deveu-se à conversa que tivemos na sexta-feira de manhã quando ela chamou por mim para me fazer um comunicado que me deixou estupefacta... Mas isto, deixarei para um outro post porque ainda hoje estou a digerir essa conversa... 

O importante é que o Gui e o Martin vão poder continuar a ficar na escolinha e na ama, de forma a que possamos trabalhar os dois sem sermos penalizado. 

Quantos aos riscos, sabemos que eles sempre vão existir, mas nunca serão superiores aqueles que eles estiveram sujeitos até então...

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REGRESSO À ESCOLA

EM TEMPO DE PANDEMIA

E ao fim de 6 meses, o Gui regressou à escolinha, na passada sexta-feira... Passou as férias todas a dizer que no fim das férias tinha que regressar para a França para a escolinha dele porque era para lá que ele queria voltar... Acreditem que ainda hoje não conseguimos perceber como ele gosta tanto daqui estar... E ai de quem lhe diga que um dia vai viver em Portugal, está completamente fora de hipótese... Com 4 anos parece que já sabe bem o que quer, e mesmo que não mostre interesse em falar francês diz que aqui é que é a casa dele... Ora aqui está algo que nos preocupa um bocadinho: o facto dele nunca querer falar francês connosco.

Imaginem agora o nível de francês que ele deve ter passados 6 meses sem ter grande contacto com a língua... É óbvio que isto limita-o na interacção com os outros, não fosse ele também tímido fora de casa... 

E embora tivéssemos bastante receio deste novo ano lectivo, sobretudo por causa desta Pandemia, o balanço dos primeiros 3 dias foi bastante positivo.

Pensei que o regresso à escola fosse ser bem mais difícil, felizmente foi bem mais fácil... Mesmo sem falar, e super tímido, o Gui entrou sempre na sala de aula super confiante e cheio de vontade de voltar a ver os seus coleguinhas... Desta vez, com uma nova Educadora, bem mais sorridente...

Agora é rezar que tudo continue a correr bem e que esta Pandemia não venha estragar de novo a integração do Gui à escola!

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