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As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

FARTOS DA CHUVA

Nem consigo ainda acreditar que este ano a piscina foi utilizada apenas 4 vezes... Montamos a piscina antes do Verão e, depois da data oficial do Verão, nunca mais veio um dia de calor a sério! Tem chovido tanto como no Inverno, e até o Sol parece que, este ano, decidiu entrar em confinamento... Primavera mal a vimos, e o Verão nem o sentimos ainda!

A 15 dias de entrarmos de férias, decidimos que não valia a pena termos a piscina operacional, por isso ontem esvaziamo-la e guardamo-la para o próximo ano... Quem achou que íamos encher a piscina na sala foi o Martin,  que correu de alegria em direcção à piscina e quis tirar a camisola... O Gui achou engraçado e alinhou na brincadeira também, mas o Martin ficou mesmo aborrecido pois não conseguiu perceber porque motivo a piscina não tinha água e tivemos de o ouvir resmungar durante uma boa hora...

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Resta agora rezar para que as nossas férias de Verão, em Portugal, sejam repletas de muito sol e calor!

 

CADA CRIANÇA É ÚNICA

Mãe de dois

Enquanto que o Martin sempre adormeceu sozinho no berço, o Gui sempre teve necessidade de um contacto permanente... Tanto que ainda hoje o Gui é assim...

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Depois dele adormecer, eu e o R. tornamos a ir para a sala ver televisão, e no final da noite, bem já tarde, encontrarmo-nos os três, a dormir juntinhos!

Sei que muitos de vocês vão criticar ou achar estranho, mas nós não nos importamos nadinha... Já fizemos vários testes para ele dormir no quarto dele, tal como faz o Martin, mas não adianta, acaba sempre no nosso quarto... No final, o R. olha para mim e chegamos à conclusão que nós também precisamos daqueles pezinhos e daquelas mãozinhas bem em cima de nós... E eles crescem tão rápido que há que aproveitar esta fase em que eles nos pertencem só a nós!

Quem mais concorda com isto?!

 

COCÓ DE BEBÉ COM AREIA

Maternidade

O tema pode parecer estranho, mas foi exactamente isto que aconteceu com o Martin... No sábado, pouco menos de uma semana depois dele ter ficado doente, e já à noite, o Martin fez um cocó bastante estranho: líquido e cheio de grãozinhos tal e qual como se fosse areia! Parecia mesmo que o Martin tinha estado na Praia ou, na pior das hipóteses, tinha comido muita areia... Tanto, que as toalhitas não serviram para limpar o rabinho, foi obrigado a ir ao banho para ficar devidamente limpinho.

Como tinha trabalhado nesse dia, perguntei ao R. se havia a possibilidade dele ter comido areia naquele dia, mas ele respondeu logo que não...

Na sexta o Martin tinha ido para a ama, e embora achasse que fosse bastante difícil isto acontecer, comecei a imaginar que ele teria comido areia num parque...

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Na mesma hora, enviei mensagem à Manu para a questionar se isso tinha acontecido, mas ela disse-me logo que não...

Confesso que fiquei um bocadinho preocupada, e disse ao Rui para ir vigiando o cocó, pois caso continuasse teria que o levar ao Pediatra.

No domingo, tornou a fazer cocó uma vez, exactamente com as mesmas características, e na segunda de manhã outra vez...

 

Como a Pediatra tinha-me pedido para lhe enviar um e-mail para lhe contar o que tinham decidido nas urgências, depois da nossa última consulta, aproveitei e contei então o que se tinha passado e contei-lhe deste novo problema que o Martin tinha: "cocó com areia"! Foi então que ela me disse para não me alarmar, que me aconselhava apenas a suspender o leite e derivados e substituir para um leite sem lactose, até ele voltar a ter o cocó normal. 

Perguntei-lhe de imediato se suspeitava de uma alergia à lactose, mas ele explicou-me que se tratava, muito provavelmente, de uma intolerância transitória à lactose depois de um episódio viral! 

Desconhecia completamente este tipo de situação, e nunca tinha visto um cocó com estas características, mesmo eu sendo enfermeira... Ainda perguntei aos meus colegas se alguém tinha tido ou conhecia aum caso destes, mas ninguém tinha passado por tal... Por isso achei que seria bastante útil partilhar aqui com vocês.

 

Alguém por aí já passou por algo semelhante?

PLANETAS...

Perguntas de uma criança de 4 anos...

No dia em que o Martin teve alta, o Gui, do nada, colocou-me duas perguntas pertinentes na hora do jantar:

- Mamã, como se formaram os Planetas? E nós, como aparecemos?

Olhei para o R. e sem saber o que lhe responder, pois jamais imaginava que ele faria este tipo de perguntas com esta idade, perguntei-lhe porque tinha interesse em saber sobre isso e se alguém tinha falado desse assunto na escolinha...

Com o ar de "menino inteligente", e na inocência dos seus pouco mais de 4 anos e meio, o Gui respondeu: 

- Não, ninguém falou disso, sou eu que quero saber.

Incrédula com aquela resposta perguntei de imediato ao R. o que tinham andado a fazer nos 3 dias em que eu e o Martin estivemos ausentes de casa.

- Nada de mais, o costume, até eu fiquei impressionado! - disse o R. com ar de espanto.

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E foi naquele minuto que nos sentimos as pessoas mais ignorantes do Mundo... Como Raio podemos falar disto a uma criança de 4 anos?!

Naquele dia, confesso que divaguei um bocadinho porque tinha tido uns dias bastante cansativos, mas prometi que iria aprofundar o assunto e encontrar a melhor forma de lhe responder a essas perguntas tão pertinentes....

SE PUDESSE FICARIA DOENTE NO TEU LUGAR...

Mãe sofre a dobrar!

Faz hoje precisamente uma semana que o Martin ficou internado no serviço de Pediatria, depois de ter sido encaminhado para o serviço de urgências... 

 

Tudo começou dois dias antes, com o Martin a fazer febres altas de 39 e tal na quarta-feira, atingindo os 40.7 º C na quinta-feira... Foi a primeira vez que vi o Martin realmente doente... Chorava facilmente, irritava-se com tudo, só queria colo, e quando a febre começava a subir tinha imensos tremores... Estava demasiado desconfortável...

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E ao contrário do Gui que com 37.5 º C já está estendido no sofá com ar de doente, o Martin nunca tinha ficado assim, mesmo com febre ele mantinha toda a energia que tanto o caracteriza... Mas desta vez as coisas estavam realmente muito diferentes o que nos deixou muito preocupados...

 

Na quinta-feira, liguei para a Pediatra dele para saber se o podia observar, nas não tinha nenhuma disponibilidade nem para aquele dia nem para o dia seguinte, por isso marquei consulta de urgência numa outra Pediatra que fica mais longe, mas que também costumamos ir, mas só havia vaga para o dia seguinte... 

 

Na noite de quinta para sexta-feira, ainda hesitamos levá-lo à urgência, porque a febre, além de ser alta, demorava a descer com o paracetamol, e quando descia era por pouco tempo, mantendo-se nos 38º C... Mesmo assim, e com medo que o Martin pudesse apanhar "outra coisa qualquer" no hospital, optámos que iria à Pediatra no dia seguinte...

 

Aquela noite tinha sido muito curta, por isso quando acordamos, o Martin estava super cansado, e por incrível que pareça, 4h30 depois de ter tomado o paracetamol, exactamente na hora da consulta, a temperatura era só de 37.7º C... Apesar disso, o Martin chorava a cada aproximação da Pediatra, notava-se que alguma coisa não estava bem... A médica examinou-o mas não viu qualquer problema que pudesse levar o Martin a ter aquele quadro de febre, por isso achou pertinente fazer um teste rápido para determinar a quantidade de proteína C reactiva (conhecida pela sigla PCR, é uma proteína produzida no fígado, cuja concentração sanguínea se eleva radicalmente quando há uma infecção viral ou bacteriana). O teste consiste em picar um dedo e colher uma gota de sangue para ser analisado num aparelho portátil, o resultado é revelado em poucos minutos.

Assim que fez o teste, o valor era anormalmente elevado, por isso, e de forma a despistar uma possível infecção mais grave, fez uma carta e encaminhou o Martin para o hospital...

 

Chegamos ao hospital por volta das 11h30, fomos atendidos uns 15 minutos depois... Fez análises ao sangue, colheita de urina, colheita de fezes, Rx ao tórax, teste à Covid-19... A febre voltava a subir, o desconforto dele era visível... A PCR estava realmente elevada, o Martin tinha todos os critérios para ficar internado... 

 

Felizmente, nunca deixou de comer, comia menos mas comia, e todas as vezes que eu lhe dizia para beber água, ele cumpria rigorosamente o que lhe pedia... 

 

Três horas depois de chegarmos ao hospital, o Pediatra informava-me que o Martin teria que ficar internado para avaliar a evolução do quadro clínico... Liguei ao R e contar-lhe o que eu já temia, e num misto de medo não consegui passar-lhe a informação sem chorar... Tinha o coração bem apertadinho, mas sabia que tinha que ser mais forte e mostrar mais confiança e paz ao Martin... Respirei fundo, engoli em seco, e prometi que iria dar o melhor de mim...

 

Subimos para o internamento às 16h... Eu sem comer desde as 7h30, e o Martin com um biberão, dois iogurtes e uma fruta no estômago, nunca ninguém se preocupou em saber se precisávamos de comer... Felizmente o R. tinha autorização para entrar no serviço e trazer tudo o que fosse preciso, tinha receio que com a Pandemia ele não pudesse vir... 

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No sábado, o Pediatra confirmava que os exames estavam todos negativos, com a excepção da PCR... Tornou a colher análises e o resultado mantinha-se alto... A febre era menos frequente... No domingo, tornava a colher análises ao sangue... A PCR tinha descido para quase metade, e apesar de continuar alta, o Martin estava novamente em forma e sem febre desde o dia anterior, por isso tivemos alta do hospital...

 

Regressamos na quarta-feira para colher novas análises e ter consulta com o Pediatra... E ontem soubemos que tudo estava normal, o Martin tinha tido uma infecção viral.

 

Foram apenas 3 dias no hospital, que pareceram 3 meses... Ver o Martin internado, sem termos um diagnóstico do que ele tinha foi o mais preocupante... E por mais forte que possamos ser, ou por mais conhecimentos que tenhamos, a partir do momento que um filho fica doente nós também ficamos doentes...

Quem me dera que quando um filho ficasse doente, pudessemos trocar de lugar com ele... Sem pensar duas vezes eu trocaria de lugar com ele!

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NÃO ENSINE O SEU FILHO A COMPARTILHAR - PARTE 2

De acordo com a Dra. Laura Markham (autora do livro “Peaceful Parent, Happy Siblings”, “Pais tranquilos, filhos felizes”, em português), forçar crianças a compartilhar não ensina as lições que nós queremos que elas aprendam”. Segundo ela, o objetivo é que as crianças cresçam e se tornem pessoas generosas, que sejam capazes de perceber e corresponder com as necessidades dos outros. Não devemos permitir que as crianças sintam que é preciso pararem o que estão a fazer para "dar" alguma coisa para outra criança só porque ela pediu. 

 

De acordo com ela, se forçarmos as crianças a compartilhar, só vamos conseguir que a criança pense que:

– se chorar o bastante, vai conseguir o que quer, mesmo que alguém já tenha o que quer;

– os pais estão sempre a comandar, por isso se eles tiverem mais ou menos paciência, vai poder jogar com isso para implorar pela sua vez;

– não gosta do irmão porque está sempre em competição com ele;  

– é gananciosa, mas que é necessário para ter o que merece;

– que o melhor é brincar rápido e de qualquer forma, mesmo que parta alguma coisa, pois não vai ter o que quer por muito tempo;  

– se gritar bem alto muitas vezes para reclamar, os pais vão acabar por ficar cansados e vão deixá-lo mais tempo com o brinquedo. 

 

O que devemos fazer então?

De acordo com a Dra. Markham, em vez de ensinar a compartilhar, devemos oferecer recursos para que elas saibam lidar com essas situações. O objectivo é que a criança perceba quando a outra quer brincar, e que ela garanta que essa criança vai poder brincar. E quando o outro tiver alguma coisa que a criança queira, nós esperamos que ela tenha o controle sobre os seus impulsos e não arranque o brinquedo da mão da outra criança, queremos que ela use palavras para entrar num acordo e poder brincar depois.

 

Ao ensinar as crianças a defenderem-se e a falar por si mesmas (e não imediatamente compartilhar os seus brinquedos), elas não vão esperar que alguém diga quando é a vez delas com o brinquedo e assim, vão poder brincar de forma mais livre. 

 

Forçar a criança a compartilhar, enfraquece a habilidade de aproveitar a brincadeira, além de enfraquecer a relação com o irmão, criando-se uma competição constante. A criança acaba por não absorver a experiência da satisfação e nem da generosidade com o outro, explica a Dra. Markham. 

 

O ideal é encorajar para que haja uma autorregulação dos "turnos" com os brinquedos, é a criança que decide por quanto tempo vai brincar e assim, vai aproveitar completamente o momento. Depois disso, ela vai dar para a outra de "coração aberto”. A Dra. Markham, acredita que isso vai ajudar a criança a ficar mais satisfeita por fazer outra pessoa feliz, acabando por ensinar a generosidade. Por sua vez, ela acredita que a experiência mais educativa ensina à criança: 

– que pode pedir o que quer. Algumas vezes vai conseguir o brinquedo mais rápido outras vezes vai ser necessário esperar um pouco;

– que pode chorar, embora não signifique que vá conseguir o brinquedo;

– que nem sempre consegue o que quer, mas que consegue algo bem melhor, pois os pais vão sempre entender e ajudar;

– que depois de chorar, vai sentir-se melhor;

– que pode brincar com outra coisa e aproveitar na mesma, enquanto que aprende a esperar pela sua vez; 

– que não tem que chorar para conseguir o que quer mais rapidamente, que cada um tem que esperar pela sua vez, pois mais tarde ou mais cedo todos conseguem; 

– a gostar do irmão quando este lhe dá o brinquedo; 

– que pode brincar o tempo que quiser, pois ninguém vai entregá-lo para o irmão. Quando ele terminar de brincar, vai entregar ao irmão, sentindo-se  uma pessoa generosa.

 

No final, o resultado é uma criança paciente, empática e bem preparada para lidar com situações mais complexas no futuro, sem falar que teremos uma família bem mais tranquila e feliz

 

 

Claro que é preciso estar ciente que esta metodologia tem que ter em conta a idade da criança. É natural que na primeira infância, a criança acha que tudo é apenas dela, inclusive a mãe e o pai, e até que as coisas acontecem por causa dela, daí emprestar não vai ser uma alternativa.

Por volta dos dois anos de idade, no auge do egocentrismo, a criança ainda não consegue verbalizar e reage com o corpo. Por exemplo, pode passar pelo irmão e arrancar-lhe o brinquedo da mão, porque na sua fantasia, o mundo gira ao seu redor, o outro não existe e o seu desejo é ter aquilo. Mais tarde, com a linguagem mais desenvolvida, a criança vai criar argumentos: "Não quero emprestar porque ele não é meu amigo". Tudo isto faz parte do desenvolvimento infantil, é parte do amadurecimento da criança e não vai durar para sempre. É preciso ter consciência que não há nada de errado, é apenas a construção da personalidade.

No fim da primeira infância, por volta dos seis anos de idade, é comum o sentimento de posse diminuir consideravelmente. A criança começa a compreender o seu espaço, que existem pessoas com quem precisará dividir o mundo, a situação muda e o compartilhar fica mais fácil, embora não deva ser forçado. adulto tem que respeitar que nem sempre se deve dividir, assim como ele próprio não empresta tudo o que tem aos amigos. 

 

Vivemos num mundo bastante acelerado. Queremos que tudo aconteça à nossa maneira e no nosso tempo, e acabamos por passar por cima de etapas importantes para o desenvolvimento cognitivo da criança. Por isso, se o seu filho ainda não aprendeu a dividir e compartilhar as suas coisas, respire, está tudo bem, afinal é bem normal que assim o seja... Nós cá vamos continuar a "respirar fundo" porque ainda temos muitas "brigas" por vivenciar em casa...

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E por aí, como tem sido "compartilhar" entre irmão, primos ou amigos?

NÃO ENSINE O SEU FILHO A COMPARTILHAR - PARTE 1

O Gui nunca foi um bebé egoísta, sempre gostou de compartilhar tudo, com adultos ou até crianças que não conhecia... E ao contrário do que tínhamos imaginado, quando o Martin nasceu o seu comportamento pouco ou nada mudou, talvez porque o mano não andasse, os brinquedos do mano eram de "bebé" e os dele não os podia emprestar ao mano ..

 

O tempo foi passando, o Martin e o Gui foram crescendo... E neste último Natal, as coisas começaram a ficar diferentes... Com tantos brinquedos novos o Gui surpreendentemente achou que era crescido... E num dos  fins-de-semana em que fui trabalhar cheguei a casa e encontrei o quarto do Martin todo atulhado de coisas do Gui... Perguntei ao R. o que tinha acontecido, mas foi o Gui que se apressou a dizer que não queria mais aqueles brinquedos porque eram de bebé e por isso podiam ser para o mano...

Fiquei incrédula com aquele gesto de amor, e o meu coração de mãe sentiu-se tão orgulhoso que achei que tudo iria permanecer assim tão maravilhoso, pelo menos, por mais algum tempo...

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Tornamos a remodelar os dois quartos de forma a que os brinquedos ficassem melhor organizados e um tempo depois, com o Martin a completar 18 meses, as coisas começaram a ficar bem diferentes... O Martin cada vez mais curioso e atrevido em relação a tudo o que o Gui fazia, e o Gui a sentir-se ameaçado pela presença do mano no seu quarto... Se até ali o Martin apenas se limitava a seguir o Gui, agora o Martin começava a ter vontades próprias...

 

Agora tem sido assim mais assim: o Martin só quer entrar no quarto do Gui para brincar e espalhar tudo no chão, enquanto que o Gui não suporta ver o quarto dele desarrumado, nem quer que o mano entre no quarto dele, já ele pode entrar no quarto do irmão! E se há dias que até correm mais ou menos, há outros que parece que estamos num autêntico campo de batalha... 

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Quem tem filhos sabe bem do que falo, e sabe o quanto é difícil tentar atenuar estes conflitos... 

Quem é que nunca viu duas crianças a brincar, numa sala cheia de brinquedos, e muitas vezes as duas a querer o mesmo?! É nessa altura que a "guerra começa" e junto com ela as crises de choro... Eu sempre fui ensinada a compartilhar, como se fosse algo de bom, no entanto existe um movimento que diz que não devemos ensinar os nossos filhos a compartilhar, da qual a Dra. Laura Markham (autora do livro “Peaceful Parent, Happy Siblings”) faz parte. Uma metodologia bastante interessante onde ela justifica isso de uma maneira válida, trazendo informações valiosas para criarmos os nossos filhos e torná-los pessoas simpáticas e equilibradas.... Mas isso vou deixar para o post de amanhã...

 

E vocês, também lidam com este tipo de conflitos? Como costumam resolvê-los?!

CARNAVAL 2021 💛

Para o meu Super Pai

Este ano o Carnaval não foi muito diferente dos últimos anos, porque na realidade é uma data que não se comemora aqui, nem mesmo nas escolas. Eu faço questão de celebrar este dia porque sei que, mais dia menos dia, eles vão poder festejar esta data em Portugal e não quero que fiquem tão surpresos quando esse dia chegar...

 

A data só teve um toque especial porque foi também o aniversário do meu Super Pai, que mesmo longe esteve bem presente neste dia...

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Nem imaginam o quanto foi difícil tirar esta fotografia, e foi a melhor que consegui tirar... O Gui sempre a complicar, e o Martin sempre a fugir da máquina fotográfica...

O MARTIN FEZ 18 MESES

O Martin fez 18 meses no passado dia 17 de Janeiro... Nem me acredito que já tem 1 ano e meio... Continua a pesar 12kg e mede 84.5cm.

 

Entrou na fase das birras e na fase de aperfeiçoar tudo o que aprendeu até aqui. Começou a andar rápido e a correr, tem tanto orgulho nisso que farta-se de correr atrás do Gui. O problema é que nem sempre corre bem, pois além de tropeçar com alguma facilidade, algumas vezes corre a olhar para trás, esbarrando-se contra as paredes e as portas.  

 

Adora experimentar novas habilidades com o seu corpo, e se há algo que ele delira é andar às voltas até ficar tonto! Continua a adorar subir para o sofá, trepar móveis, abrir e fechar gavetas/portas. Tem um fascínio por todo o tipo de botões e interruptores, e continua obcecado com o frigorífico...

 

Passou a mostrar interesse pela sanita e pelo pote, e sempre que o Gui vai, fica super curioso e quer imitá-lo.

 

Começou a dar pontapés na bola de forma mais acertada, adora música, gosta imenso de dançar (principalmente a música "Jerusalema" do cantor Master KG), gosta de brincar com carrinhos e bonecos dando-lhes vida: faz-lhes miminhos e dá-lhes de comer. Tem uma preferência por todos os brinquedos e objectos do Gui e procura fazer tudo como ele.

 

Começou a querer falar ao telemóvel, por videochamada, com as pessoas que falamos diariamente, e não descansa enquanto não pega no telemóvel e palrea com elas, tentando mostrar tudo o que há em casa... É mesmo giro porque imita o Gui na perfeição!

 

O vocabulário não sofreu grandes alterações, começou a dizer "bô/bó" (avô/avó), kiwi ( Mickey) e có (colo). A diferença mais significativa é que palrea cada vez mais e mais alto, gosta que lhe expliquem as coisas, e lhe digam como se chama cada objecto. Está atento às conversas dos outros e, por vezes, tenta repetir algumas palavras que ouve. Compreende uma série de indicações simples e cumpre-as. 

 

Em relação à alimentação pouco se alterou, apenas uma certa oposição em comer muitas vezes a sopa, mas com muita negociação acaba sempre por aceitar. Ao contrário do Gui, o Martin é super curioso e adora experimentar tudo.

 

Quanto ao padrão do sono também continua igual, de noite gosta de adormecer e acordar cedo e  continua a fazer uma sesta de 2-3 horas no final do almoço.

 

A parte mais fofa é que o Martin começou a fazer miminhos e a mandar beijinhos, inclusivé deu-me o seu primeiro beijo no meu rosto! 

 

E é desta forma que o nosso "Principezinho número 2" continua a crescer...

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MATERNIDADE

Coisas de Mãe

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Quem mais concorda?

A PRIMEIRA BARBIE COM PERNAS

Do episódio "quero uma Barbie com pernas"

Ainda não tinha partilhado com vocês o dia em que o Gui recebeu a famosa "Barbie com pernas"... Afinal nem foi preciso comprar, porque a minha irmã mais velha estava de férias em Portugal e trouxe uma das minhas Barbies de infância...

Assim que o Gui abriu o embrulho ficou super feliz e perguntou se era uma Barbie verdadeira...

- Claro que sim, Gui. É uma Barbie da mamã, quando eu era pequenina, tal como tu... Essa é bem especial, ainda por cima veio da Venezuela, como a mamã. Porque é que achas que não é verdadeira? - perguntei eu, curiosa pela resposta.

- Porque esta Barbie tem uns olhos esquisitos...  - respondeu o Gui, enquanto que analisava ao pormenor a Barbie.

Tentei não rir com tamanha observação e disse-lhe que a antigamente as Barbies tinham esse tipo de maquilhagem nos olhos...

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O R. ainda lhe tornou a dizer que não percebia porque é que ele queria uma Barbie Sereia e uma Barbie com pernas quando tinha a mamã em casa... Mas ele não se mostrou minimamente convencido com a ideia do papá, e ainda finalizou dizendo:

- A mamã não é nada parecida com uma Barbie Sereia, ela tem pernas... A mamã parece mais uma baleia!... - respondeu o Gui, com o ar mais inocente do Mundo.

Fartamo-nos os dois de rir com aquela resposta, mas ao mesmo tempo ficamos incrédulos como ele arranjou aquela resposta, sem qualquer tipo de maldade...

NEVOU EM PARIS

Este sábado nevou em Paris, e nos arredores... O Gui estava eufórico, começou a correr pelo jardim com a língua de fora para sentir a neve derreter, dizia ele todo feliz... Já o Martin foi a primeira vez na neve, por isso estava cheio de receio de pisar a neve...

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Um momento que durou apenas um dia, mas que deu para as matar saudades do Gui!

ANO NOVO, VISUAL NOVO...

O Martin, em muitas coisas, é tal e qual o Gui quando era pequeno. Uma das coisas que ele faz igual é passar o dia a procurar ciscos e bocadinhos de cotão no chão e vir a correr para nos mostrar e dizer "cáca"...

Ontem encontrou uma "cáca" diferente no chão da sala, como eu estava a trabalhar, o R fez questão de me enviar a fotografia do que ele tinha encontrado... 

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Fiquei incrédula com aquela fotografia e só imaginei que aquilo poderia ser apenas uma pequena amostra de uma verdadeira "tragédia"... Felizmente não foi o caso porque o Martin denunciou o irmão bem a tempo! 

O cúmulo é que o Gui estava feito mafioso na mesa da sala a fazer uns recortes para colar, quando sorrateiramente quis testar os seus dotes de cabeleireiro...

 

E por aí, quem já passou por um susto destes?!  

OS DIAS DE UMA MÃE

Maternidade

Tem dias que te sentes incrível, a melhor Mãe do Mundo, a Rainha do Mundo...

Inventas mil brincadeiras...

Preparas a melhor refeição.... Aquela com cinco cores no prato, sabes? 

Consegues pô-los a dormir nos horários certos, geres como um génio as birras e os choros... Uma total ninja! Tudo funciona e a tua energia dá conta de cada detalhe. 

 

Tem dias menos bons, que tu fazes uma coisa ali, esqueces outra acolá e o baile segue... 

 

Mas tem dias que tudo o que tu gostavas era deitar-te numa cama ou num sofá...

A comida é uma mistura de sobras... A casa está toda desarrumada e tu não tens cabeça para inventar ou sugerir uma brincadeira...

Ritual de sono? Só se fôr para acabares a dormir antes dos teus filhos. As birras aumentam conforme as horas vão passando.. E tu tentas mas não consegues acalmar nenhum choro. E são nesses dias que tu pensas: será que eu sirvo mesmo para ser Mãe?

E essa pergunta fica na tua mente até o momento em que os teus filhos chegam perto, olham para ti, pedem colo e sorriem como se tu fosses o melhor lugar do Mundo.


Podes até não imaginar, mas eles sabem que, mesmo cansada, preocupada, distante, e com a cabeça em mil outros problemas, tu vais estar sempre lá, e para eles é só isso que importa!
(Texto adaptado da @maeforadacaixa)

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A MELHOR DECORAÇÃO DE NATAL ❤️

Na passada sexta-feira, o Martin trouxe da casa da Manu, o presentinho de Natal feito por ele, para colocar no pinheirinho... Já tínhamos uma bolinha feita pelo Gui, em 2017, mas agora o nosso pinheirinho ganhou um brilho diferente! O mais interessante foi ver as fotos enviadas por ela, onde podemos ver o Martin todo "certinho e direitinho" a colaborar na realização da mesma...

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A bola branca, da esquerda, é a do Martin, a da direita é a do Gui!

Digam lá se não tenho uma das melhores decorações de Natal de sempre?!