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As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

O MARTIN FEZ 10 MESES

O Martin fez 10 meses no passado dia 17 de Maio e como manda a tradição festejamos esse dia tal como ele merece.

 

Este mês o Martin foi à consulta um bocadinho mais cedo do habitual, mais precisamente no dia 7 de Maio, e nesse dia pesava 9kg830gr e media 78cm. 

 

A grande novidade foi começar a deslocar-se sozinho, no chão, e sentado! É verdade, adora andar de um lado para outro sentado, com a ajuda das mãos cria o impulso que precisa para se movimentar... E se no início fazia-o de forma mais lenta, agora consegue deslocar-se rápido! É mesmo engraçado vê-lo a "andar de um lado para o outro" assim. Começou também a gatinhar a sério (não a rastejar como fazia quando começou), mas não gosta muito de o fazer pois cansa-se rápido. Adora que o segurem pelas mãos para dar passos grandes e poder percorrer tudo, quando está no chão e nos vê perto agarra-se às nossas pernas para poder colocar-se em pé e nós darmos passadas com ele. Quase a completar 10 meses, começou a sentar-se sozinho.

 

Este mês ficou também marcado pelo aparecimento de mais dois dentinhos: os dois dentes de cima, os chamados "incisivos laterais superiores". Escusado será dizer que o sorriso dele agora está ainda mais fofo!

 

Começou a dizer "chau" com as mãos e a dançar com os braços quando pegamos nele e dançamos com ele. Voltou a bater palmas, sempre com um grande sorriso, e principalmente quando cantamos os parabéns ou quando ele quer chamar a nossa atenção. Interage cada vez mais connosco e tenta comunicar palrando alto, adora dizer "olá, olá, olá" muitas vezes, "ma-ma" e "pa-pa", e por vezes tenta repetir palavras que lhe dizemos. Começou a ter alguma vergonha, às vezes, quando estamos a falar em videochamada com alguém esconde o rosto timidamente no nosso ombro.

 

A sua personalidade está cada vez mais vincada, demonstra desagrado quando não gosta de algo, faz birras, grita para chamar a atenção ou quando está zangado, e até com o corpo é capaz de demonstrar que não quer estar ali ou acolá (começa a arquear as costas e a esticar-se todo como que a dizer que não quer). Detesta que o contrariem e fica zangado quando lhe dizemos "não" ou o impedimos que fazer alguma coisa. 

 

A novidade é que adora abrir armários e é fascinado pelo interior do frigorífico, por isso cada vez que abrimos o frigorífico fica eufórico e vem logo na nossa direcção para o deixarmos mexer nas coisa, quando não o deixamos grita alto para mostrar o desagrado e chega mesmo a chorar. 

 

Os brinquedos (e não só) continuam a ser óptimos para atirar ao chão ou ao ar, quanto mais barulho fizerem melhor! Continua fascinado pelo Gui, e pelos brinquedos dele, adora que brinquem com ele, que lhe façam cócegas, que joguem ao "cu-cu" com ele e que lhe tirem fotografias. Continua a delirar com o momento do banho, com o mano, gosta de brincar com a água e adora chapinhar.

 

Neste mês, o Martin começou a comer comida mais sólida, experimentou arroz e massa, juntamente com a sopa, no início, como não estava habituado a ter que mastigar algum tempo, enervava-se pois queria comer rápido e não conseguia. Hoje não lhe faz qualquer diferença e adora comer a sopa com "pedacinhos". Continua super curioso com o que nós comemos, por isso temos aproveitado para ele experimentar alimentos novos. Começou a gostar de pão. Este mês experimentou morangos, mirtilos, framboesas, amoras, tomate e panquecas de aveia, e o resultado foi sempre positivo! É um verdadeiro comilão e adora experimentar coisas novas! Em relação à amamentação mantém-se: mama uma vez de manhã, ao acordar, e umas 2 ou 3 vezes durante a noite.

 

O padrão de sono mantém-se um bocadinho alterado com o Martin a acordar algumas vezes durante a noite de forma descontrolada, acho que a crise da separação ainda não passou...

 

Mais um mesinho que foi vivido em quarentena de forma intensa... Foi bom termos presenciado a tantos progressos em tão pouco tempo... E quando olho para trás, não dá para acreditar que já passaram 10 mesinhos!

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AS QUATRO CRISES DE CRESCIMENTO

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Quando o bebé nasce, surgem imensas dúvidas... E quando se trata do primeiro filho as incertezas são ainda maiores... Cada fase revela-se uma novidade, porque o desenvolvimento do bebé traz mudanças contínuas, muitas delas traduzidas em picos comportamentais que deixam os pais ainda mais inseguros. Os especialistas dizem que no primeiro ano de vida, o bebé passa por 4 crises de crescimento, por isso se estivermos sensibilizados para a existência das mesmas torna-se mais fácil lidar com elas.

 

1. Crise dos 3 meses (período simbiótico)

Nascer é um momento marcante: para a mãe porque é o momento em que vemos e pegamos pela primeira vez o nosso bebé, e para o bebé porque ele sai do aconchego da barriga para um mundo cheio de novidades.

Até completar três meses, o bebé acredita que ele e a mãe são uma pessoa só é só quando completa os 3 meses é que ele se apercebe que afinal são duas pessoas. Esse período, conhecido como simbiótico, é quando o bebé passa a olhar nos nossos olhos, começa a brincar, a imitar alguns gestos e a reclamar quando quer alguma coisa, por isso tende a ficar mais ansioso pois entende que precisa de chamá-la para ter o que precisa. É como se ele pensasse: "E agora? E se eu chamar e ninguém me ouvir? E se vai embora?", é nessa altura que começa a crise.

 

Como identificar essa crise?

A crise surge quando aparece uma mudança drástica e repentina no comportamento do bebé: de repente o bebé não quer mais mamar, começa a chorar muito, não tem sono, fica agitado sem motivo, parece que nada o acalma.

Muitas vezes esta crise é confundida com dor de dentes, cólicas ou leite insuficiente. 

Dura cerca de 15 dias. 

 

O que fazer?

A primeira coisa a fazer é manter a calma e compreender que é apenas uma fase  que vai passar.

 

 

2. Crise dos 5 - 6 meses (formação do triângulo familiar)

Por mais que o pai tenha sido presente e ativo desde o nascimento do bebé, ele não teve uma relação tão simbiótica como a mãe teve com o filho. Essa relação mais próxima com o Pai só começa por volta  dos seis meses, quando o bebé começa a reconhecer a figura do pai, dando início à formação do triângulo – e da crise.

 

Como identificar essa crise?

Nesta fase, o bebé perde um bocado o apetite e o sono e, como coincide com o nascimento dos primeiros dentinhos, essa etapa é confundida com isso.

 

O que fazer?

O pai precisa de estar mais presente e investir na relação com o bebé para criar uma relação triangular (pai, mãe e filho) e não existir apenas a relação mãe-filho.

 

 

3. Crise dos 8 - 9 meses (separação ou angústia)

Esta é a crise do terceiro trimestre, a mais intensa e significativa porque dura mais tempo e o transtorno do sono é muito acentuado: o bebé pode acordar 15 vezes durante a noite, acorda muito assustado e com um choro intenso. Pode durar três ou quatro semanas.

 

Como identificar essa crise?

O bebé acorda muitas vezes durante a noite, assustado e a chorar muito, porque acredita que quando a mãe o deixa no berço, apaga a luz e fecha a porta, não vai voltar mais por isso, às vezes, esse choro só pára com a presença da mãe. Pode haver uma grande perda de apetite, e momentos de muita irritação, mas o que mais perturba é o sono. 

 

O que fazer?

O ideal é que o bebé durma no seu berço desde os primeiros dias de vida e quando o bebé chora, de madrugada, é a mãe que deve ir porque se não  fôr ela, o bebé  vai continuar a acreditar que a mãe foi-se mesmo embora de vez. O bebé precisa de passar por isso para começar a entender que a presença da mãe pode ser seguida de ausências.

Nesta fase, o ideal é que o bebé seja sempre acalmado no próprio berço para a rotina não ser alterada. Uma estratégia boa é colocar no berço uma peça de roupa usada da mãe, para que ele sinta sempre a presença da mãe junto dele.

Outro facto importante, é que neste período, o bebé começa a apegar-se a algum objeto - um peluche, uma chupeta específica, um brinquedo - esse objeto representa a mãe, daí que se torne importante que a mãe toque nesse objeto para ela deixar nele o seu cheiro.

 

 

4. Crise de 1 ano (ambivalência dependência/independência)

Esta crise coincide quando o bebé começa a andar: o bebé quer caminhar, ser independente, mas ainda precisa de colo porque não consegue ir a todo o lado sozinho. Por causa desta independência frustada pode dar-se esta crise.

 

Como identificar essa crise?

De uma forma geral, os sinais são idênticos às outras crises: o bebé dorme mal à noite, recusa comer, anda irritado sem razão aparente.

 

O que fazer? 

Os pais devem estimular o bebé a andar, sem forçar, apenas quando ele quiser e ter contacto com objetos novos. Com o tempo, esta fase vai acabar por desaparecer.

 

 

A minha experiência pessoal...

Confesso que estas fases foram mais difíceis com o Gui, o nosso primeiro filho, pois o facto de sermos pais de primeira viagem acabou por nos deixar muita vezes inseguros com as nossas decisões...

Descobri que cada bebé é único, e que cada situação exige muitas vezes uma forma de actuar diferente, o mais importante é mantermos sempre um ambiente acolhedor e calmo onde os bebés se sintam sempre seguros e amados.

E se surgirem dúvidas sobre essas mudam de comportamento, o melhor é esclarecer com o Pediatra para se ter a certeza que o bebé está-se a desenvolver de forma normal.

 

Nesta altura do campeonato, o Martin está na crise da separação e tenho que admitir que é das fases mais complicadas de se lidar porque o nosso sono acaba por ser muito perturbado também... A boa notícia é que sei que estas noites mal dormidas são normais e, embora custe um bocadinho, muito em breve tudo vai passar!

O GUI FEZ 7 MESES

É verdade, o Gui já fez 7 mesinhos, na passada sexta-feira, mais precisamente no Dia de Reis. Foi um mês fantástico, marcado pelo primeiro Natal do Gui, e que foi passado, praticamente, em Portugal.

 

Confesso que ainda não fomos à consulta do sétimo mês, pois as férias não nos permitiram, mas sabemos que pesa agora 8kg200gr e mede cerca de 69cm. 

 

Ao contrário do que nos foi recomendado aqui, na consulta dos 6 meses, optámos por não introduzir o peixe tão cedo, seguindo assim as recomendações da sociedade portuguesa de pediatria (farei um post brevemente sobre este tema tão pertinente ).

 

Neste mês, a sopa do Gui passou a levar carne (experimentou frango, coelho e perú), e começou a comer fruta, ao lanche. Tudo etapas que decorreram sem nenhuma dificuldade, não fosse o Gui um verdadeiro comilão! Já experimentou pêra, maçã e banana, mas banana só comeu duas vezes pois teve imensas cólicas. 

 

O que ele gosta mesmo muito é da sopa, fica tão eufórico quando vê o prato que até nós ficamos entusiasmados, por isso foi super fácil introduzir também a sopa ao jantar. Fez ontem uma semana que começou a comer sopa duas vezes ao dia (180 ml em cada refeição) mas mesmo assim continuou a mamar de 2 em 2 horas, sendo que depois da sopa e da fruta espera apenas 1 hora para mamar! Nas noites a rotina não se alterou, continua a acordar a cada 2 ou 3 horas para comer... Era de se esperar que estivesse mais gordinho, mas ele tem "bichos carpinteiros", dorme pouco durante o dia (as sestas de 20 minutos que vai fazendo so longo do dia não devem ultrapassar, no total, 1 hora) e está sempre a mexer, por isso acho muito difícil isso vir a acontecer (Eh... Eh... Eh...).

 

A boa novidade é que as cólicas, felizmente, desapareceram! É verdade, só aos 6 meses e meio é que estas malditas se foram, quem tem filhos sabe bem o alívio que isto é!

 

O Gui está cada vez mais risonho e bem disposto, lança gargalhadas contagiantes e está sempre a desafiar-nos para brincar. Palra imenso e gesticula, tenta “conversar“. Não estranha muito caras que não lhe são familiares, basta uns minutinhos de brincadeira para estar à vontade com pessoas estranhas... Vamos ver até quando isto vai durar.

 

Ainda não consegue interagir muito bem com outras crianças mas gosta de observá-las por longos períodos.

 

Adora tirar fotografias com a máquina fotográfica e fazer vídeos, coloca sempre o seu melhor sorriso, o que deixa toda a gente fascinada. Só espero que esta fase perdure, pois assim terei o modelo fotográfico mais doce de sempre (Eh... Eh... Eh...).

 

Continua a adorar que cantem, que falem, que o movimentem no ar, que brinquem e que joguem ao "cu-cu" com ele. Começou a ter muitas cócegas, adora que lhe façamos cócegas no pescoço e debaixo dos braços. 

 

Mantém-se encantado pelos seus pés, tão encantado que não descansa enquanto não tirar os sapatos e as meias. Descobriu agora que tem língua e boca... É mesmo engraçado vê-lo, muitas vezes, a "morder a língua".

 

Sentado, consegue controlar melhor a sua postura o que permite que consiga estar uns longos segundos sem qualquer apoio. Já se consegue rolar sobre si próprio... Agora fica complicado deixá-lo um segundo sozinho!

 

Descobriu que os brinquedos, bem como todos os objectos que apanha, são óptimos para atirar para o chão, por isso passa grande parte do tempo a fazer isto... E nós passamos grande parte do tempo a apanhar tudo do chão para lhe dar novamente!

 

Já me esquecia de um pormenor importante, que vocês devem ter reparado, o Gui tem agora imenso cabelo, mas como o cabelo é agora loiro dá ideia que ainda tem pouco.

 

E é desta forma doce que o nosso Principezinho vai crescendo...

MOLDIV