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As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

O QUE FOI MAIS DIFÍCIL NO INÍCIO?

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Quando o Gui nasceu o mais difícil foi, sem dúvida alguma, amamentar, seguido das cólicas...

Amamentar foi o mais complicado pois achava que iria ser um processo bem mais expontâneo e evidente. No primeiro mês, desistir passou-me pela cabeça umas centenas de vezes, pois além do cansaço e da dor, tive imensas dúvidas se estaria a alimentar suficientemente o Gui. O Gui demorava imenso tempo a mamar e mamava a cada duas horas, tanto de dia como de noite... Mas o pior aconteceu foi quando aos dois meses e meio tive uma mastite na mama direita que evoluiu para um abcesso. Foram 15 dias horríveis, cheia de dor... Coloquei tudo em questão, pensei em desistir de amamentar, mas mesmo com o abcesso, e com um dreno na mama, continuei a amamentar até ao máximo de tempo que me foi permitido. 

As cólicas com o Gui também foram terríveis, pois ele chorava imenso e não havia nada que o acalmasse... Lembro-me como se fosse hoje... Até aos 6 meses foi terrível vê-lo sofrer tanto! 

Com o Martin, amamentar foi o mais difícil, pois mesmo sendo mãe de segunda viagem, os primeiros 15 dias foram complicados pois tive muita dor por causa dos mamilos rachados e do ingurgitamento mamário.

E mesmo com as dificuldades que surgem, é óbvio que no final tudo vale a pena!

E por aí, como foi com vocês?!

 

 

AMAMENTAR DÓI MAS VALE A PENA TENTAR ❤️

Amamentar não é fácil, acreditem... Talvez para uma minoria de mulheres até o seja, mas na maior parte das vezes é complicado... 

 

Por muitos conhecimentos que tenhamos, ou até mesmo experiência, nos primeiros dias, ou mesmo nos primeiros meses, amamentar dói... E dói muito... Os mamilos racham, às vezes até sangram... Depois vem o ingurgitamento mamário e até as mastites... 

 

Como é que um bebezinho tão frágil consegue magoar tanto os mamilos com aquela boquinha tão delicada? Mesmo assim, vamos em frente porque queremos dar o melhor alimento que existe para o nosso bebé... Fechamos os olhos, suamos com tanta dor, e até choramos... 

 

Choramos com dor, choramos por medo de falhar e choramos de cansaço... Com o tempo tudo se acalma... A dor passa, começamos a entrar no ritmo do nosso bebé e este gesto passa a ser natural... E é nesta altura que amamentar fica um momento simples e de puro prazer... 

 

Não existem palavras para explicar o quanto é mágico ver o nosso filho alimentar-se só do que vem de nós... A troca de olhares, os sorrisos, as pequenas brincadeiras... Um momento único onde sentimos que todo o nosso Amor é recíproco!

 

Se é cansativo? Claro que sim, e muito! Principalmente quando temos um bebé que quer mamar com muita frequência...


Se altera muito as minhas rotinas? Sim, bastante! Cada vez que temos que ir a algum lado temos que fazer planos para que ao fim de 2, no máximo 3 horas, estejamos num local apropriado para poder amamentar...

 

Haverá sempre pessoas a questionar se estás a fazer ou a dar o melhor alimento ao teu filho... Elas não fazem por mal, e muitas vezes vamo-nos questionar o porquê de nos estarem a dizer isso... Vamos duvidar de nós e da qualidade deste alimento tão precioso para o nosso bebé... E por vezes até vamos colocar tudo em causa... Tudo isto faz parte deste processo, é preciso acreditar que o nosso leite é o melhor alimento para o nosso filho e que somos capazes... É preciso ter persistência!

 

Apesar de todos os constrangimentos que tive, consegui amamentar o Gui 10 meses e meio, altura em que regressei ao trabalho e me comecei a sentir demasiado cansada para continuar... Com o Martin, mesmo já sendo uma mãe de segunda viagem, os primeiros 15 dias também não foram nada fáceis com tanta dor que tinha por causa dos mamilos rachados e do ingurgitamento mamário.

 

Sei que nem todas as mães conseguem amamentar,  mesmo apesar de todos os esforços, e há também aquelas mães que simplesmente não querem... Serão "menos mãe" por isso?! Claro que não! O bebé vai sobreviver e o amor será exactamente o mesmo! 

 

É obvio que não quero com isto desvalorizar a importância do aleitamento materno, nem incentivar a não amamentar, quem me segue sabe bem o quanto eu sou a favor da amamentação. O meu objetivo com isto é mostrar a quem está aí desse lado que ninguém nasce mãe, ninguém nasce a saber amamentar, tudo isto é um processo de aprendizagem que demora algum tempo.

 

No caso da amamentação, e para quem pretende amamentar, as mães têm que estar cientes que os primeiros dias de amamentação não são, na maior parte das vezes, fáceis, muito pelo contrário, são bastante dolorosos e exigem muito de nós. O importante é estar sensibilizado para o pior porque depois que essa fase passa surgem muitos mais momentos de Felicidade! Por isso, aqui fica o meu conselho, antes de desistir, tente todas as formas de amamentar o bebé, mas se isso não fôr possível não se culpabilize porque importante mesmo é alimentar o bebé com muito amor e carinho! 

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