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As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

WAFFLES SIMPLES E DELICIOSOS

Quem é que gosta de waffles? Eu adoro, e andava há algum tempo para os fazer cá em casa, por isso decidi que esta quarentena era o momento ideal para os fazer...

 

Para quem nunca provou, os waffles são originários da Bélgica e assemelham-se às panquecas e aos crepes. A grande diferença está na apresentação, já que se parece a uma fatia de pão com pequenos buracos, e na textura, crocante por fora e fofinha por dentro! 

 

Pesquisei duas ou três receitas, e com base nelas, fiz a minha própria receita... O resultado final foi tão bom que hoje partilho aqui com vocês. A receita além de ser super simples é deliciosa... Pelos menos cá em casa o sucesso foi grande! 

 

Uma receita prática que pode ser consumida tanto ao pequeno-almoço, como ao almoço/jantar ou ao lanche, tudo depende do acompanhamento que lhe quiser acrescentar: doce ou salgado.

 

Se pretendem acompanhar com algo salgado, o melhor será retirar aos ingredientes o açúcar e o açúcar baunilhado. Para os amantes de waffles mais docinhos, podem sempre dobrar a quantidade de açúcar na receita. 

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Ingredientes

250gr de Farinha

1 colher de sopa de Fermento

2 ovos

400ml de Leite

15 gr de Açúcar baunilhado 

75 gr de Manteiga

50gr de Açúcar amarelo

1 pitada de Sal

 

1. Misture a farinha, o açúcar, o sal, o açúcar baunilhado e o fermento.

2. De seguida, junte as gemas, a manteiga (previamente derretida) e o leite morno. Mexa bem.

3. Deixe repousar a massa durante 30 minutos.

4. Bata as claras em castelo e envolva-as delicadamente à massa.

5. Coloque colheradas de massa na máquina de waffles previamente aquecida e untada com manteiga, e deixe cozinhar durante aproximadamente 7-10 minutos.

6. Sirva acompanhado a gosto (chocolate, açúcar em pó, gelado, banana e chocolate, caramelo, doce de frutas, etc).

 

 

LAVAGENS DAS MÃOS E A COVID-19

Com o risco de transmissão da COVID-19, a lavagem das mãos com água e sabão tornou-se, nos últimos meses, numa das coisas mais feitas e repetidas em todo o mundo. Contudo, não basta molhar as mãos e esfregar rápido com sabão, é necessário ter em atenção algumas considerações, caso contrário apenas vamos tirar o sujo que é visível, ficando os vírus e as bactérias presentes nas mãos.

 

1. Que sabão devemos usar?

Não precisa ser nenhum especial, qualquer sabão serve.

 

2. Quanto tempo deve durar uma lavagem das mãos?

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a lavagem das mãos deve demorar entre 20 a 30 segundos, ou seja, aproximadamente o tempo de cantar os “parabéns a você“.

 

3. É necessário utilizar água quente?

Não, o importante é usar sempre água corrente.


4. Quando lavar as mãos?

No contexto da prevenção do Covid-19, devem-se lavar as mãos:

- depois de assoar o nariz, tossir ou espirrar;

- depois de visitar um espaço público;

- depois de tocar em superfícies fora de casa (incluindo dinheiro);

- antes, durante e depois de cuidar de uma pessoa doente;

-antes e depois de comer.

 

De um modo geral, devem-se sempre lavar as mãos:

- depois de usar o banheiro;

- antes e depois de comer;

- depois de mexer em lixo;

- depois de tocar em animais;

- antes e depois de trocar a fralda do bebé ou ajudar uma criança a ir à casa-de-banho;

- quando as mãos estiverem visivelmente sujas!

 

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É importante referir que secar as mãos é um passo fundamental na lavagem das mãos porque os germes espalham-se mais facilmente na pele húmida. O ideal é utilizar toalhas de papel descartáveis ou uma toalha limpa (uma toalha para cada pessoa), de forma a remover germes sem espalhá-los para outras superfícies.

 

Agora não tem mais desculpas para não lavar as mãos correctamente!

PARA QUANDO AS MÁSCARAS DE PROTEÇÃO?!

Aqui em França, desde que entramos em quarentena ainda não conseguimos comprar máscaras de protecção em lado nenhum... Até hoje continuam esgotadas! Por este andar, no dia 11 de Maio, data em que o governo francês tem previsto aliviar as medidas de contenção, vamos ter que inventar máscaras com o material que cada um tem em casa...

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TERAPIA PARA CRIANÇAS EM DIAS DE QUARENTENA

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Tal como já tinha partilhado aqui, com estes dias em casa, temos tentado fazer actividades diferentes com o Gui, de forma a que os dias não sejam sempre iguais... O Gui adora pintar com tintas, por isso aproveitamos para fazer algo giro que incluísse também o Martin... 

Pegamos num cartão, em tintas laváveis, escolhemos um animal, depois as cores, e pintamos a planta de um pé, do Gui e do Martin, para fazer a base da nossa Joaninha... 

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Quem adorou esta actividade foi o Gui que achou imensa graça por o Martin poder participar. O resultado foi tão giro que guardamos a nossa obra de arte para mais tarde recordar!

A PARTE DO CORONAVÍRUS QUE NINGUÉM FALA

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Estarmos em casa todos juntos, 24 horas/dia, tem se revelado um verdadeiro desafio enquanto pais... Nunca tínhamos estado tantas horas seguidas juntos, por isso é a primeira vez que a nossa criatividade foi colocada ao mais alto nível... Quem tem filhos sabe bem do que falo... 

De repente o dia parece que passou a ter 48h... Parece que passamos o dia a cozinhar... Ainda mal acordamos, e tomamos o pequeno-almoço, e já estamos a pensar o que vamos fazer para almoçar e para jantar... E a quantidade de vezes que damos por nós a fazer compras online, para encher o frigorífico e os armário?! 

Depois vem os jogos e os joguinhos com os mais pequenos, as pinturas e as plasticinas, os recortes e as corridas no jardim, os jogos de bola e as aulas de ioga (sim, porque até aulas de ioga eu já inventei para fazer com o Gui)... Mas como o Gui é um ser insaciável temos que inventar e re-inventar... 

Nesta quarentena, atrevo-me a dizer, que já fiz mais receitas novas, já arrumei mais a casa, limpei o pó e o chão, do que nos últimos 6 anos que aqui estamos...

Ninguém nos preparou para esta quarentena, ninguém nos disse o quanto isto se iria revelar uma prova enquanto pais... Mas apesar deste "cansaço saudável" estamos gratos por podermos estar todos em casa e viver esta experiência única... Quem me segue sabe que, se não fosse pelo Martin, a esta hora estava na linha da frente no combate desta Pandemia porque a minha profissão assim o exige, mas não posso negar que me sinto mais tranquila deste lado... Desta vez, não sou um super herói que veste uma farda, mas sim um super herói que fica em casa a salvar vidas e a tentar tornar vidas mais criativas... E se querem saber, tem se revelado uma grande missão!

AS QUATRO CRISES DE CRESCIMENTO

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Quando o bebé nasce, surgem imensas dúvidas... E quando se trata do primeiro filho as incertezas são ainda maiores... Cada fase revela-se uma novidade, porque o desenvolvimento do bebé traz mudanças contínuas, muitas delas traduzidas em picos comportamentais que deixam os pais ainda mais inseguros. Os especialistas dizem que no primeiro ano de vida, o bebé passa por 4 crises de crescimento, por isso se estivermos sensibilizados para a existência das mesmas torna-se mais fácil lidar com elas.

 

1. Crise dos 3 meses (período simbiótico)

Nascer é um momento marcante: para a mãe porque é o momento em que vemos e pegamos pela primeira vez o nosso bebé, e para o bebé porque ele sai do aconchego da barriga para um mundo cheio de novidades.

Até completar três meses, o bebé acredita que ele e a mãe são uma pessoa só é só quando completa os 3 meses é que ele se apercebe que afinal são duas pessoas. Esse período, conhecido como simbiótico, é quando o bebé passa a olhar nos nossos olhos, começa a brincar, a imitar alguns gestos e a reclamar quando quer alguma coisa, por isso tende a ficar mais ansioso pois entende que precisa de chamá-la para ter o que precisa. É como se ele pensasse: "E agora? E se eu chamar e ninguém me ouvir? E se vai embora?", é nessa altura que começa a crise.

 

Como identificar essa crise?

A crise surge quando aparece uma mudança drástica e repentina no comportamento do bebé: de repente o bebé não quer mais mamar, começa a chorar muito, não tem sono, fica agitado sem motivo, parece que nada o acalma.

Muitas vezes esta crise é confundida com dor de dentes, cólicas ou leite insuficiente. 

Dura cerca de 15 dias. 

 

O que fazer?

A primeira coisa a fazer é manter a calma e compreender que é apenas uma fase  que vai passar.

 

 

2. Crise dos 5 - 6 meses (formação do triângulo familiar)

Por mais que o pai tenha sido presente e ativo desde o nascimento do bebé, ele não teve uma relação tão simbiótica como a mãe teve com o filho. Essa relação mais próxima com o Pai só começa por volta  dos seis meses, quando o bebé começa a reconhecer a figura do pai, dando início à formação do triângulo – e da crise.

 

Como identificar essa crise?

Nesta fase, o bebé perde um bocado o apetite e o sono e, como coincide com o nascimento dos primeiros dentinhos, essa etapa é confundida com isso.

 

O que fazer?

O pai precisa de estar mais presente e investir na relação com o bebé para criar uma relação triangular (pai, mãe e filho) e não existir apenas a relação mãe-filho.

 

 

3. Crise dos 8 - 9 meses (separação ou angústia)

Esta é a crise do terceiro trimestre, a mais intensa e significativa porque dura mais tempo e o transtorno do sono é muito acentuado: o bebé pode acordar 15 vezes durante a noite, acorda muito assustado e com um choro intenso. Pode durar três ou quatro semanas.

 

Como identificar essa crise?

O bebé acorda muitas vezes durante a noite, assustado e a chorar muito, porque acredita que quando a mãe o deixa no berço, apaga a luz e fecha a porta, não vai voltar mais por isso, às vezes, esse choro só pára com a presença da mãe. Pode haver uma grande perda de apetite, e momentos de muita irritação, mas o que mais perturba é o sono. 

 

O que fazer?

O ideal é que o bebé durma no seu berço desde os primeiros dias de vida e quando o bebé chora, de madrugada, é a mãe que deve ir porque se não  fôr ela, o bebé  vai continuar a acreditar que a mãe foi-se mesmo embora de vez. O bebé precisa de passar por isso para começar a entender que a presença da mãe pode ser seguida de ausências.

Nesta fase, o ideal é que o bebé seja sempre acalmado no próprio berço para a rotina não ser alterada. Uma estratégia boa é colocar no berço uma peça de roupa usada da mãe, para que ele sinta sempre a presença da mãe junto dele.

Outro facto importante, é que neste período, o bebé começa a apegar-se a algum objeto - um peluche, uma chupeta específica, um brinquedo - esse objeto representa a mãe, daí que se torne importante que a mãe toque nesse objeto para ela deixar nele o seu cheiro.

 

 

4. Crise de 1 ano (ambivalência dependência/independência)

Esta crise coincide quando o bebé começa a andar: o bebé quer caminhar, ser independente, mas ainda precisa de colo porque não consegue ir a todo o lado sozinho. Por causa desta independência frustada pode dar-se esta crise.

 

Como identificar essa crise?

De uma forma geral, os sinais são idênticos às outras crises: o bebé dorme mal à noite, recusa comer, anda irritado sem razão aparente.

 

O que fazer? 

Os pais devem estimular o bebé a andar, sem forçar, apenas quando ele quiser e ter contacto com objetos novos. Com o tempo, esta fase vai acabar por desaparecer.

 

 

A minha experiência pessoal...

Confesso que estas fases foram mais difíceis com o Gui, o nosso primeiro filho, pois o facto de sermos pais de primeira viagem acabou por nos deixar muita vezes inseguros com as nossas decisões...

Descobri que cada bebé é único, e que cada situação exige muitas vezes uma forma de actuar diferente, o mais importante é mantermos sempre um ambiente acolhedor e calmo onde os bebés se sintam sempre seguros e amados.

E se surgirem dúvidas sobre essas mudam de comportamento, o melhor é esclarecer com o Pediatra para se ter a certeza que o bebé está-se a desenvolver de forma normal.

 

Nesta altura do campeonato, o Martin está na crise da separação e tenho que admitir que é das fases mais complicadas de se lidar porque o nosso sono acaba por ser muito perturbado também... A boa notícia é que sei que estas noites mal dormidas são normais e, embora custe um bocadinho, muito em breve tudo vai passar!

O COVID E A FARINHA

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Ora aqui está um produto que não é fácil encontrar na maior parte dos supermercados: a farinha de trigo! Parece que esta pandemia mais que duplicou as vendas deste bem essencial, um pouco por todo o Mundo, e a França não é excepção... Com esta quarentena parece que as famílias decidiram colocar "mão na massa" e começaram a fazer pão, bolos, tartes e afins... Que o diga as redes socias... E eu faço parte dessa grande maioria, que passou a consumir este produto mais do que nunca... E quem diz farinha, diz ovos, açúcar, manteiga e afins... 

Confesso que, à conta do Covid, já fiz uma série de receitas novas com o Gui... Ele fica todo entusiasmado em poder ajudar na cozinha e com o resultado final do que fazemos, e no final acabamos todos mais felizes... 

 

E por aí, quem mais aderiu à farinha de trigo?

MASSA SIMPLES COM FIAMBRE

Estes dias decidi inventar qualquer coisinha básica para o jantar... Apetecia-me comer uma massa... Peguei em meia dúzia de ingredientes e fiz uma massinha bem simples com fiambre, e que hoje partilho com vocês...

 

Ingredientes

150 gr de Noodles (massa chinesa)

150 gr de Fiambre de frango (fatias grossas)

1 lata de Cogumelos

2 dentes de Alho

100 ml de Creme vegetal 

Azeite (q.b.)

Pimenta branca q.b.

Queijo parmesão (q.b.)

 

1. Numa panela coloque um pouco de água e, assim que levantar fervura, tempere com sal e acrescente a massa. 

2. Corte o fiambre de forma a ficar em tirinhas finas (como se fosse esparguete)

3. Numa frigideira comece por aquecer o azeite, adicione o alho picado e os cogumelos e tempere com pimenta. Deixe cozinhar, cerca de 10 min, até a água dos cogumelos evaporar. Junte o fiambre e cozinhe por mais 2-3 minutos.

4. Acrescente o creme vegetal ao preparado anterior e deixe cozinhar cerca de 10mim.

5. Polvilhe com queijo parmesão e misture bem.

6. Quando a massa estiver cozida escorra e misture ao preparado na frigideira. Envolva bem.

7. Coloque o preparado numa travessa, polvilhe com queijo parmesão e sirva quente. 

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Bom Apetite!

O MARTIN FEZ 9 MESES

O Martin fez 9 mesinhos na passada sexta-feira. Fomos à consulta de Pediatria no dia anterior, e ficamos a saber que pesa 9kg500gr e já mede 77cm.

 

Começou a rastejar melhor um bocadinho, embora ainda se desloque muito pouco pois enerva-se facilmente com o facto de ficar cansado e não conseguir sair muito do sítio. Outra novidade que marcou este mês foi o gosto por andar, adora que o segurem pelas mãos para estar em pé e dar uns passinhos.

 

Outra coisa gira foi começar a vê-lo a dominar a preensão fina apanhando pequenos ciscos com o polegar e o indicador. 

 

Para chamar atenção apreendeu que gritar também é uma boa opção, e quando vê que não resulta chorar e bater com as mãozinhas e os pés é sempre a sua segunda opção.

 

Ao contrário do Gui, o Martin sempre adorou puxar-nos o cabelo, e agora ficou perito em arranhar e morder, tornou-se um verdadeiro cãozinho! 

 

Já sabe o significado da palavra "não”, por isso sempre que vai fazer algo que não está certo e dizemos-lhe "um não", ele pára de o fazer e, por vezes não gosta que o repreendamos e faz beicinho... Outras vezes chega a chorar. 

 

Outra novidade foi o começo de comportamentos intencionais e ataques de fúria. Sempre que não gosta de algo grita, bate-nos, tenta morder-nos ou começa a atirar coisas para o chão, de forma a conseguir o que pretende.

 

Está cada vez mais atrevido e risonho, lança gargalhadas contagiantes e está sempre a desafiar-nos. Adora brincar e saltar connosco, começou a repetir "palavras" para si próprio como “Mamamamama” e a imitar sons simples, e não sabemos se é de propósito ou não mas quando chora diz sempre "ó mamã"...

 

Reconhece perfeitamente o seu nome e começou também a reconhecer os nossos. 

 

Adora interagir com o Gui e é fascinado pelos brinquedos dele, por isso assim que o vê lança o melhor sorriso. Adora tirar fotografias com flash, principalmente com a máquina fotográfica, por isso fica fácil apanhar o seu melhor sorriso. Adora que falem com ele, joguem ao "cu-cu", que lhe façam cócegas e que o movimentem no ar. Delira com o momento do banho, com o mano, que coincide sempre com o final do dia, e gosta de brincar com a água, adora chapinhar! 

 

Começou a adorar passear no colo, para apreciar todo o ambiente à sua volta, e gosta de passear no carrinho (mesmo confinados em casa, por causa da Pandemia, temos passeado no jardim com o Martin de carrinho). 

 

Os brinquedos (e não só) continuam a ser óptimos para levar à boca e atirar ao chão, por isso passa grande parte do tempo a fazê-lo. A grande novidade aqui é que agora demonstra preferência pelos brinquedos preferidos escolhendo inclusive com os que quer brincar.

 

Este mês ficou também marcado pelo aparecimento de mais um dentinho,  ficando agora com 4 dentinhos no total: dois em cima e dois em baixo.

 

Em relação à alimentação pouco se alterou, o facto mais interessante é ter começado a interessar-se pela nossa comida, por isso sempre que estamos a comer, aproveitamos para lhe dar alimentos simples para que ele possa experimentar. Fruta, para além da maçã, pêra e banana, já experimentou manga, laranja e clementina, e a experiência foi sempre muito positiva. Adora comer a bolacha sozinho e já o faz com grande destreza.

 

Por gostar muito de comer, perto de completar 9 meses, aumentamos a quantidade da sopa de 180ml para 240ml pois ficava sempre com fome.  Já gosta mais de água, volta e meia dá-lhe um pico de sede, mas é só de longe a longe.

 

Em relação à amamentação os horários mantém-se, de dia praticamente só mama uma vez de manhã e outra à tarde, já a noite pouco se alterou, continua a acordar a cada 2 ou 3 horas para comer.

 

O padrão de sono alterou-se um bocadinho perto dos 8 meses e meio, com o Martin a acordar uma série de vezes durante a noite, chorando de forma compulsiva... Algo perfeitamente normal mas que nos deixa mais cansados por não dormirmos tão bem... A chamada crise da separação e da angústia, onde o bebé acorda porque acredita que foi abandonado pela mãe (faço questão de desenvolver este tema num próximo post).

 

Pouco depois de completar 8 meses, o Martin teve a sua primeira "virose"... Felizmente correu tudo bem e ele voltou rapidamente ao seu estado normal... (isto será desenvolvido num próximo post)

 

Com esta pandemia, que nos obrigou a estar em quarentena, não sabemos se o Martin estranha mais ou menos as outras pessoas, sabemos apenas que em videochamada isto não acontece pois delira assim que vê pessoas do outro lado do ecrã a querer interagir com ele.

 

Um mês atípico e cheio de aventuras, onde estivemos sempre os 4 juntinhos e pudemos vivenciar de perto todas as pequenas conquistas deste nosso bonequinho!

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TEMPO PARA MIM

O Martin há uma semana para cá tem dormido mal de noite, apesar disso continua a acordar cedo e de dia continua pouco dorminhoco...

O Gui, esse continua igual: alérgico ao sono! Acorda cedo, não pára um segundo durante o dia (por isso está fora de questão fazer uma sesta de dia) e, mesmo assim, só adormece por volta das 23h...

Com isto, fica um bocadinho difícil ter algum tempinho para mim...

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E com vocês, também vós acontece o mesmo?

QUARENTENA COM CRIANÇAS

Com tantos dias confinados em casa somos obrigados a ser mais criativos, sobretudo quando se tem crianças em casa. E se o Martin, com 8 mesinhos, contenta-se com umas brincadeiras simples, o Gui já exige actividades mais criativas e inovadoras... Por isso, temos aproveitado para fazer alguns trabalhos manuais, tal como ele tanto gosta.

 

Nestes dias aproveitamos uma caixa de ovos vazia, tampas de garrafas, palhinhas, palitos, tintas, pincéis, e cola, e fizemos um camião de bombeiros...

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É óbvio que as partes que exigiam mais destreza manual fui eu que acabei por fazer, mas mesmo assim foi giro ver o entusiasmo dele assim que viu o resultado final!

PÁSCOA NA QUARENTENA

Este ano a Páscoa teve um sabor bem diferente, mais isolados que nunca... Mas apesar disso, quisemos marcar esta data para que o Gui pudesse ter um dia bem diferente e o Martin tivesse a melhor recordação possível da sua primeira Páscoa...

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Fizemos uns docinhos e uns petiscos, vestimo-nos a rigor, tiramos fotografias e ao longo do dia fizemos uma série de videochamadas em grupo à nossa família e aos nossos amigos... A caça aos ovos deixamos para o dia seguinte, na segunda-feira, já que aqui é sempre feriado...

Uma Páscoa simples mas repleta de Amor! 

A FRANÇA E O COVID-19

Estamos em quarentena nacional há, exactamente, dois meses, desde o dia 17 de Março e ontem o Presidente da República, Emmanuel Macron, falou ao país e anunciou a necessidade deste prolongamento, até ao dia 11 de Maio. 

Numa altura em que já morreram cerca de 15 mil pessoas, e os hospitais continuam sobrelotados, com um número record de doentes nos cuidados intensivos, a epidemia parece estar longe de estar sob controle. 

 

Prevêem que daqui a 4 semanas o panorama esteja melhor, tanto que ponderam abrir gradualmente as creches, as escolas, algumas empresas e serviços. As universidades (falo das aulas presenciais) serão retomas só em Setembro, já os locais públicos, como os restaurantes, cafés, hotéis, cinemas, teatros, salas de concerto e museus vão permanecer fechados e não há previsão para serem reabertos. Os festivais, bem como outros grandes eventos, não vão poder regressar antes de meados de Julho. Vamos aguardar para ver... São apenas previsões...

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E ao fim de dois meses confinados em casa onde o que hoje é válido para um pais e inválido para outro, o Estado vem e diz que vai apostar nos testes e garantir a distribuição de máscaras ao público em geral, para serem usadas nas profissões mais expostas e nos transportes públicos.

Talvez vocês não sabem, mas quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) dizia, a propósito da COVID-19, que o importante era "testar, testar, testar", o governo Francês decidiu, desde o início desta pandemia, que só as pessoas com saúde mais frágil, doentes internados nos hospitais e profissionais de saúde é que deveriam ser  testados. 

Nunca consegui perceber como é que eles chegam ao número de infectados diários se nunca testaram as pessoas que estão em casa com sintomas e que não necessitam de hospitalização, muito menos testaram as pessoas que estiveram em contacto com outras que estariam infectadas, nem os possíveis portadores... Enfim, é óbvio que a quantidade de contaminados é muito maior, mas acho que quase ninguém está interessado em saber o verdadeiro número...

 

Só ao fim de 2 meses, a partir do dia 11 de Maio, quando as medidas de isolamento serão supostamente mais leves, é que o Estado vai apostar nos testes para todos os que apresentarem sintomas!

E só ao fim de 2 meses, é que haverão máscaras... Sim, porque as máscaras para o público sempre estiveram esgotadas, na grande maioria das farmácias, desde o início desta quarentena... Eu própria nunca consegui comprar nenhuma! O que quer dizer que existem pessoas infectadas que circulam na rua sem qualquer protecção... 

 

Confesso que não consigo estar optimista com as medidas que o Estado francês assumiu desde o início desta pandemia e tenho receio dessa abertura de creches já no próximo mês... Quando eu penso que a turma do Gui tem 28 crianças... E essas 28 crianças vão estar fechadas numa sala com duas educadoras, num espaço com pouco mais de 20m²... 

MALDITO CORONAVÍRUS

Nos últimos 6 anos temos conseguido passar a Páscoa sempre da mesma forma... Pegamos no carro e partimos rumo à Alemanha, onde ficamos 3 ou quatro dias na casa do meu pai... 

Este ano já tínhamos tudo programado, ía ser um bocadinho diferente, um  bocadinho melhor... Como o R. ainda tinha três dias de férias, a ideia era ficarmos mais uns dias por lá, assim podíamos matar mais algumas saudades... Mas o maldito Coronavírus apareceu e mudou completamente os nossos planos (os nossos e os de todos)...

Este ano a Páscoa não terá as mesmas rotinas, os mesmos beijos, os mesmos cheiros, nem os mesmos sabores....

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Será a nossa primeira Páscoa passada em França, isolados do Mundo... A primeira Páscoa onde seremos apenas os 4... 

VOCÊ SABIA?

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Eu descobri isso depois que fui mãe... E vocês?!

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