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As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

As Nossas Voltas

A vida dá muitas voltas, e foi numa dessas voltas, que nos tornamos emigrantes e viemos parar a Paris. Um blog sobre um pouco de mim, um pouco de nós, o dia-a-dia e não só.Simples mas cheio de ternura e dedicação!

CONSULTAS VIA EMAIL!

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Após 15 dias a controlar o meu açúcar antes e depois das refeições, lá fui eu ter com o meu endocrinologista para lhe mostrar os meus resultados... Sabia perfeitamente que estava tudo controlado, mas era natural ser avaliada após a implementação do plano alimentar.

 

Ao ver os resultados, ficou satisfeito, perguntou-me se, com aquele plano alimentar, não sentia fome... Tive que ser sincera e disse-lhe a verdade, que comia mais vezes e mais do que estava descrito no plano, pois tudo dependia do que iria fazer ao longo do dia. Como já estava à espera, não me repreendeu, pois o importante eram os valores estarem sempre controlados... Nada que eu também não soubesse, mas que no fundo precisava de ouvir da parte dele.

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A partir de hoje começo a picar o dedo apenas 4 vezes ao dia, e em dias alternados: ao acordar e duas horas depois das 3 principais refeições (pequeno-almoço, almoço e jantar).

 

O melhor disto tudo é que não preciso mais de ir ao consultório para lhe mostrar os valores, a partir de agora as consultas passam a ser feitas via email... Basta que todas as semanas lhe envie os resultados dos meus valores de glicemia, e se houver algum problema aí sim terei nova consulta na Clinica! Fiquei fascinada com o facto disto ser possível, nem sei quais são os critérios para isto ser possível, mas penso que o facto de ser enfermeira ajudou para que as coisas fossem mais simplificadas... Isto sim são consultas personalizadas!

 

Será que em Portugal as coisas funcionam da mesma forma?!

PARA OS PRIMEIROS PASSOS DOS PAIS...

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Se está em Paris, saiba que é já esta sexta-feira que começa o "Salon Baby", uma feira que reúne um universo completo para futuros pais, bebés e crianças. O conceito existe em França há 15 anos e é tão famoso que conta com mais de 120 eventos! 

 

Além da exposição de equipamentos e a apresentação de marcas, o salão organiza conferências, workshops, animações, informações práticas e dicas, em torno da maternidade, de modo a abordar esta maravilhosa aventura com confiança. 

 

Os bilhetes podem ser adquiridos via internet ou no directamente no local. Ao comprar pela internet, até amanhã (dia 31 de Março), os bilhetes ficam quase a metade do preço. Nós já comprámos os nossos e pagámos 12 euros, se comprássemos no local iríamos pagar 22 euros! 

 

Para os "pais de primeira viagem", como nós, e que se encontram a viver por estes lados, aqui está uma exposição a não perder!

 

E em Portugal, será que também fazem este tipo de iniciativas?

 

Depois conto-vos como foi...

DE CORAÇÃO CHEIO

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Depois de umas mini-férias na Alemanha, na companhia dos nossos familiares, regressámos a Paris com o coração cheio de coisas boas... É tão bom quando a felicidade pode ser partilhada!

 

E se haviam muitas outras pessoas que gostaríamos de ter visitado, sobretudo em Portugal, já foi muito bom podermos matar saudades com algumas das pessoas mais importantes da nossa vida!

 

Como vem sendo habitual, conhecemos mais uns lugarzinhos novos... Que depois partilharei com vocês!

 

E por aí, como foram passados estes dias?

 

COELHINHO DA PÁSCOA, QUE TRAZES PARA MIM?!

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E pelos vistos o Ovo de Páscoa mais chocante de sempre!

Boas Páscoa!

 

OS EFEITOS DA MUDANÇA DA HORA...

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Para os mais distraídos, vale a pena relembrar...

Logo quando fôr 1h da manhã, não se esqueça de avançar o relógio para as 2h!

VIAJAR DE CARRO NA GRAVIDEZ

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Pois é amanhã vamos fazer uma mini-viagem de carro até à Alemanha, vamos passar a Páscoa com a família, e como estou no último trimestre de gravidez, achei que seria bom partilhar com vocês alguns cuidados a ter.

 

Há grávidas que acreditam que viajar durante o período de gestação, principalmente no último trimestre, pode prejudicar o bebé, e optam por ficar em casa, mas isso não é verdade, a não ser que vá viajar perto da data do parto, em casos de gravidez de risco ou outros casos especiais (nestes casos, o melhor será falar com o médico que está a acompanhar a gravidez).

 

Com alguns cuidados podemos viajar de forma tranquila e segura. 

 

 

CUIDADOS BÁSICOS A TER

Escolha roupas confortáveis para viajar e use sempre o cinto de segurança, é um mito pensar que magoa o bebé, pois em caso de acidente o embate da barriga contra o tablier do carro tem repercussões graves para o bebé, sobretudo no final da gravidez.

 

Se fôr você a dirigir, deixe pelo menos um espaço de 15 centímetros entre a barriga e o volante, o assento deve estar o mais distante possível do volante sem comprometer o acesso dos pés aos pedais. 

 

E nos percursos mais longos, o ideal é fazer uma paragem de uma hora e meia a duas horas para para fazer xixi, esticar as pernas e andar um bocadinho. Ficar sentada por muito tempo em qualquer lugar pode provocar edema dos pés e tornozelos e até cãibras nas pernas, daí que é importante estimular a circulação sanguínea. Recomenda-se ainda a utilização de meias de compressão nas pernas (prescritas pelo seu médico).

 

Não se esqueça de fazer uma boa ingestão hídrica e de comer a cada 3 horas.

 

No caso da gravidez ser de risco, recomenda-se viajar no banco de trás, com o cinto de segurança.

 

 

COMO COLOCAR O CINTO DE SEGURANÇA

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A utlização de cinto de segurança é fundamental quando se vai viajar de carro, e na grávida isto não é excepção, havendo alguns cuidados que se devem seguir:

  • utilizar sempre o cinto no mínimo em três pontos, passando a parte de cima sobre o ombro (tente não se sentar onde o cinto só for de dois pontos, como é o caso do banco do meio de trás);
  • fazer com que a faixa diagonal do cinto passe entre os seios;
  • a faixa do cinto que passa sobre as pernas deve ser posicionada de forma a ficar embaixo da barriga, e nunca sobre ela (porque em caso de acidente o impacto pode afetar a placenta e causar um descolamento da mesma).

 

 

E LEMBRE-SE...

A melhor forma de proteger o bebé é protegendo-se a si mesma, por isso não custa nada seguir as recomendações aqui enunciadas!

 

Bem perto da data do parto, além de não ser recomendado viagens muito longas de carro, a grávida deve deixar de conduzir, mesmo em deslocações curtas do dia-a-dia pois, em caso de acidente, a proximidade do volante e do airbag pode constituir um risco elevado de lesão ou morte da criança. Nessa altura o melhor mesmo será pedir uma boleiazinha...

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SERÁ QUE O GUI NÃO GOSTA DO PAI?

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Desde que o Gui começou aos pulinhos cá dentro, dedico uma grande parte do tempo a vê-lo mexer, é uma sensação tão mágica que só quem já sentiu é que consegue perceber o tamanho desta emoção!

 

Há alturas em que ele mexe mais, outras menos, mas normalmente cada vez que acabo de comer a festa cá dentro torna-se garantida, e cada vez que isso acontece parece que é a primeira vez... Que o diga o meu marido que deve-me achar uma maluquinha, o que é certo é que nesses momentos eu fico tão contente que tento partilhar o momento com ele mas quase nunca consigo... Não é que o Gui pára de mexer (quase sempre) quando eu digo ao meu marido para olhar para a minha barriga, ou quando ele coloca a mão para o sentir mexer? E quando ele desiste, o Gui lá torna a mexer... Parece que faz de propósito!

 

Uma situação que os especialista dizem que se deve ao facto do bebé pressentir a ansiedade da mãe... Assim, cada vez que pedimos ao pai para colocar a mão na nossa barriga para sentir o bebé, sem nos apercebermos, criamos uma certa ansiedade que o bebé acaba por sentir, daí que ele tem o instinto de se resguardar do possível perigo que provoca essa ansiedade.

 

O ideal é que o pai estabeleça este laço de maneira automática, num momento em mãe esteja relaxada... Por exemplo, quando a mãe está no sofá a comer uma sobremesa ou um docinho! 

 

Há medida que o bebé cresce fica muito mais fácil sentir o bebé mexer, mas o ideal mesmo é não esquecer que o bebé começa desde muito cedo a ouvir... Começa por ouvir os batimentos cardíacos da mãe, bem como todos os movimentos maternos, e com o tempo passa a ser capaz de captar os ruídos do meio externo, e são as vozes humanas que ele aprecia mais. Entre essas vozes, a voz do pai é a que causa maior impacto (a seguir à da mãe), daí que é fundamental que o bebé seja estimulado pelo pai mesmo antes de nascer.

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Devem-se, por isso, evitar discussões desnecessárias, pois o bebé sente uma grande parte do que a mãe sente, e se ele percebe que a voz do pai esteve associada à alteração do humor da mãe, irá realizar associações negativas à voz do pai. No entanto, se a voz do pai estiver associada à tranquilidade da mãe, ele atribuirá a voz paterna a um sentimento de proteção, acolhimento, segurança e carinho.

 

Está provado que um bebé bem estimulado, durante a gestação, conhece a voz do pai, daí que é muito comum ele dar uns chutinhos quando sente que o pai chegou a casa. E quando o bebé nascer irá reconhecer essa voz, associando-a ao rosto, ao cheiro e ao tacto. 

 

O vínculo materno esse está automaticamente formado, são 9 meses que o bebé passa bem juntinho da mãe a ouvir tudinho o que se passa! Por isso, o pai tem que compensar isto e mostrar-se presente, falando para ele, acarariciando-o, cantando, mesmo dentro da barriga da mãe, e continuando esse papel depois do seu nascimento.

 

Para muitos pais o "falar para a barriga da mãe" pode até parecer estranho, mas são gestos simples como estes que fazem toda a diferença, tornando os bebés mais felizes!

O TERROR VOLTOU À EUROPA

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Quatro dias depois da captura de Salah Abdeslam, um dos principais terroristas do grupo Estado Islâmico, responsável pelos ataques em Paris, a 13 de Novembro de 2015, ocorrem dois atentados em Bruxelas, em plena hora de ponta!

 

O primeiro ocorreu no Aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, pouco antes das 8h da manhã (hora local), na zona de embarque do aeroporto. Foram ouvidas duas fortes explosões, ainda não se sabe ao certo o número de vítimas, mas a televisão belga aponta para 13 mortos e 35 feridos.

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O segundo atentado ocorreu, 90 minutos depois, na estação de metro de Maalbeek, numa estação bem próxima das várias instituições europeias, estimando-se que existam 15 mortos e vários feridos.

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Tudo isto faz-me reviver os atentados que ocorreram aqui em Paris, nem quero imaginar o sentimento de pânico que as pessoas que se encontram nestes locais estão a sentir... Imagino as inúmeras pessoas que se sentem perdidas, muitas delas num país que não é o delas, que foram de férias, que estão lá por razões laborais, sem falar daquelas que "perderam" alguém ou que se desencontraram no meio de tanta confusão... E que não têm meios para comunicar ou para se deslocar, porque tudo está bloqueado.

 

Mais uma vez a Europa torna a entrar em alerta máximo para atentados terroristas, mais uma vez Paris torna a reforçar as medidas de segurança, com receio que venha aí uma nova onda de atentados.

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É nestes momentos que temos tendência a fazer uma reflexão sobre a nossa vida, o que andámos afinal "aqui a fazer"... De um momento para o outro, há pessoas que decidem mudar o curso da vida dos outros, sem dó nem piedade, destroem vidas, famílias e sonhos... Se as coisas continuarem assim seremos obrigados a perder a liberdade a que estamos habituados na Europa, em nome da nossa segurança.

 

Depois do choque inicial de um atentado, as pessoas procuram voltar a ter uma vida normal, mas por mais que as pessoas tentem, este normal jamais será o mesmo!

UM FIM-DE-SEMANA ESPECIAL

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Este fim-de-semana foi de facto bastante especial, festejamos a Páscoa entre amigos, o primeiro Dia do Pai (do meu marido) e demos as boas-vindas à Primavera!

 

Como já começa a ser tradição, a Páscoa cá em casa costuma ser passada com a família na Alemanha (e este ano não foge à regra), por isso antecipamos os festejos desta data para podermos comemorar o dia com os amigos... A ideia era fazermos um piquenique no Domaine de Chamarande, mas o tempo decidiu pregar-nos uma partida e ficar "ranhoso"... Acho que o Inverno quis fazer das suas e despedir-se em grande, com um dia cinzento, bastante frio e umas pingas de chuva em jeito de despedida... 

 

Mas não era o tempo que ía mudar os nossos planos, por isso o dito piquenine passou a almoço de Páscoa em casa... Um dia bem animado, onde fiz uma surpresinha ao meu maridão... Afinal era também o Dia do Pai, e eu e o Gui não podíamos deixar passar esta data em branco... Afinal a data era bem especial e merecia comemoração, foi o seu Primeiro Dia do Pai!

 

E são dias como estes que nos preenchem o coração!

BYE BYE WINTER!

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E num piscar de olhos chegamos à estação do ano mais florida e que,

a meu ver, tem mais encanto...

 

"Bem vinda PRIMAVERA!

Que venhas trazendo flores às nossas vidas,

iluminando e aquecendo nossos corpos e alma!

Que tragas mais luz,

menos dias frios e sombrios,

que tragas mais cor,

menos dias cinzentos.

Faças com que nós tenhamos visão,

sensibilidade e leveza semelhantes à de um beija-flor

e saibamos ver,

perceber e sorver com intensidade, pureza e prazer

as mais belas flores com as quais a vida nos presenteia."

(Fernando Azeredo)

A TODOS OS SUPER-PAIS

image.jpegPorque hoje é o DIA DO PAI, não podia deixar esta data passar em branco...

A todos os SUPER-PAIS, como o meu, eu dedico este post.

Eu não podia ter melhor Pai, e tenho a certeza que o Gui também terá a mesma sorte que eu!

 

Love you DADY 

PLANO ALIMENTAR PARA GRÁVIDAS COM DIABETES GESTACIONAL

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Pois é, ontem fui pela primeira vez à consulta de endocrinologia para começar a controlar mais de perto a minha diabetes gestacional... Entrei no consultório, e antes de começar qualquer explicação e qualquer ensino, o médico quis saber a minha profissão. Ora, sendo eu enfermeira estava claro que ele não me ía fazer nenhum ensino aprofundado, nem eu sentia necessidade disso pelo que se limitou a dizer-me o básico e que o importantes era seguir o plano alimentar que ele me iria dar, bem como avaliar as glicemias antes e duas horas depois das refeições, devendo os meus valores de açúcar estarem abaixo de 85mg/dl em jejujm e inferior a 120mg/dl, duas horas após as refeições. Entregou-me a prescrição médica para ir à farmácia levantar a máquina para avaliar o meu açúcar no sangue (as famosas glicemias), não entrando em pormenores com o plano alimentar (apenas salientou que não precisava de pesar o carboidratos - como a massa, o arroz e a batata), nem eu achei que fosse necessário (como devem calcular, sei perfeitamente o que um diabético deve ou não comer).

 

Só olhei para o plano alimentar quando cheguei ao carro... Fiquei petrificada quando me apercebi que tinha direito a apenas quatro refeições por dia!

 

Se há coisa que me "chocou" quando comecei a trabalhar aqui foi isso mesmo, ver que nos hospitais os doentes diabéticos (e os não diabéticos) têm direito apenas a 4 refeições por dia... Agora também comprovo que até as grávidas têem o mesmo regime! Onde é que isto já se viu?! Confesso que não concordo com isto... Acho que toda a gente (pelo menos em Portugal) tem conhecimento que o ideal é fazer 5 a 6 refeições diárias, de forma a não ficar mais do que 3 horas em jejum, para evitar flutuações excessivas nos valores de açúcar. Aqui em França não é o que acontece, eles tem a teoria das 4 refeições/dia, pois acham que é mais que suficiente.

 

Ver o meu plano alimentar composto por 4 refeições foi como me ditarem uma sentença de emagrecimento imediato! Acho que sou incapaz de comer apenas ao pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar...  E a meio da manhã, não se come nadinha? E se me deitar tarde, não tenho direito a um "mini-lanche"?! Pelos vistos não! 

 

Basicamente o plano que o meu endocrinologista me deu, passa por comer:

 

  • Pequeno-almoço: 150ml de leite com café (sem açúcar, pode-se usar adoçante) + 60gr de pão com manteiga

 

  • Almoço: 100 gr de carne ou peixe + 200gr de arroz, massa ou batata (já cozinhados) ou 80gr de pão + legumes (sem limite) + 30 gr de queijo pasteurizado ou 150ml de leite meio-gordo ou 1 iogurte natural + 1 fruta

 

  • Lanche: 30 gr de queijo pasteurizado ou 150ml de leite meio-gordo ou 1 iogurte natural + 1 fruta

 

  • Jantar: igual ao almoço

 

Já fizeram as contas das horas que devemos comer se se fizerem 4 refeições por dia, de forma a estarmos no máximo 3 horas sem comer?! Com este plano os horários para comer deviam ser algo como: 9h, 12h, 15h e 18h; sendo que das 18horas às 9 horas a pessoa ficaria 15horas sem comer!

 

Vou aproveitar a experiência profissional que tenho, de Portugal, de forma a manter as 5 ou 6 refeições por dia a que estou habituada, pois se antes tinha necessidade de comer desta forma, hoje sinto muito mais pois não concordo que uma grávida esteja mais de 3 horas sem comer (excepto no período noturno)! 

 

E perante os valores que tive, ontem e hoje, sinto-me perfeitamente à vontade para ajustar o meu plano alimentar, tal como um diabético como em Portugal: vou acresentar um lanchinho a meio da manhã, ao lanche vou juntar 1 pão ou meia dúzia de "bolachas maria" e antes de ir dormir vou cear qualquer coisa, caso os valores do açúcar estejam baixos... 

 

O ideal da dieta, para grávidas com diabetes gestacional, é que esta seja diversificada, evitando-se ao máximo os alimentos ricos em açúcar e em gordura (como bolos, açúcar, compotas, bebidas açucaradas, doces, bolachas recheadas, gelados, enchidos, queijos, comidas pré-preparadas congeladase produtos pré-cozinhados). E de forma a reduzir o índice de glicemia (os níveis de açúcar), os alimentos ricos em carboidratos (como o arroz, a massa e o pão) devem ser consumidos preferencialmente na forma integral, e em quantidades moderadas! Fundamental, é também uma boa ingestão hídrica diária, 2 litros de água, entre as refeições e pratica diária de uma actividade física!

 

Confesso que o que mais me custa a mim são aqueles momentos em que tenho um ataque de comer uma série de doces e chocolates... 

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Mas fico-me só pela vontade... Ou se abuso mais um bocadinho, sei que tenho que fazer uma caminhada a seguir, de forma a desgastar o excesso de glicose!

 

Claro que estes momentos de loucura, felizmente, são esporádicos, e tenho conseguido controlá-los, porque sei que mais importante que a minha gula é, sem dúvida, o bem-estar do meu Principezinho!

O DOCE QUE AMARGOU!

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Faz hoje mais ou menos quinze dias que fui fazer a prova de tolerância oral à glicose (PTOG), um rastreio que se faz às grávidas para despistar a diabetes gestacional, um tipo de diabetes que pode surgir durante a gravidez, e o qual é feito entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação.

 

Basicamente o teste consiste numa recolha de sangue para avaliar a glicemia em 3 momentos diferentes:

  • o primeiro em jejum;
  • de seguida ingere-se uma espécie de xarope contendo 75 gramas de glicose, e espera-se 1 hora até colher sangue novamente;
  • 2 horas após a ingestão do xarope, volta-se a colher sangue pela 3ª e última vez.

 

Para realizar esta prova, deve-se cumprir determinados requisitos:

  • estar em jejum há mais de 8 horas, motivo pelo qual é feito de manhã;
  • ao longo de todo o teste, não se pode sair do laboratório, devendo ficar-se sentada sem qualquer actividade física;
  • deve manter-se o jejum até ao final da prova (apenas se pode beber um pouco de água no decorrer do mesmo).

 

O diagnóstico da doença é feito quando a grávida tem, pelo menos, 1 dos 3 resultados alterados:

  • Glicemia Jejum: normal até 92 mg/dl;
  • Glicemia após 1 hora: normal até 180 mg/dl;
  • Glicemia após 2 horas: normal até 153 mg/dl.

 

Existem muitas grávidas que não conseguem fazer o teste pois o xarope provoca-lhes náuseas, e há até quem chegue a vomitar o produto, no meu caso, até que não correu mal, embora admito que não é nada agradável...

 

Acordei às 8h, pois sabia que precisaria da manhã completa para fazer a dita prova, eram 8h40min quando cheguei ao laboratório... Cheia de fome (por ter que estar em jejum), com o Gui aos saltinhos (acho que ele também queria comer... Eh... Eh...), e munida com um livro pois pensava que me seria útil para "ver passar o tempo" de forma mais rápida .

 

Entreguei as requisições na secretaria, fizeram-me algumas perguntas, escolhi o sabor do xarope que queria beber (limão ou laranja)... E optei pelo sabor a laranja uma vez que estava em jejum... Entre fazer os papéis e ser chamada foram mais ou menos 30 minutos à espera...

 

Fiz a primeira colheita de sangue e, logo de seguida, a técnica de análises clínicas, entre várias perguntas, explicou-me o procedimento e informou-se que 1 hora após beber o produto talvez não me sentisse muito bem devido à sobrecarga de açúcar... Entregou-me o xarope o qual tive que o beber de imediato, não era tão mau como imaginava, parecia uma espécie de laranjada bastante açucarada, um bocado enjoativo, mas o facto de estar refrigerado ajudou na ingestão.

 

Saí da sala das colheitas, sentei-me na sala de espera, com um cronómetro que a técnica me tinha dado para que dali a uma hora tornasse a fazer uma colheita de sangue. Estava decidida a ler o livro que tinha levado... Comecei a ler, mas 30 minutos após comecei a sentir-me cansada e ao mesmo tempo mal disposta... O Gui pulava cada vez mais, acho que a glicose o deixou eufórico, e eu só tinha vontade de me deitar... Guardei o livro, encostei a cabeça para trás e decidi manter-me imóvel até o cronómetro tocar... Talvez até tenha sido o melhor, pois a hora acabou por passar e fiz então a segunda colheita de sangue.

 

Ainda tinha mais uma hora pela frente.... Desta vez, nem me atrevi a pegar no livro, o Gui continuava animadíssimo, e eu tinha cada vez mais fome... A hora acabou por passar e, pela terceira vez,  tornei a ser picada para fazer a última colheita de sangue. 

 

Eram 11h45min quando saí do laboratório, fui a última pessoa a sair de lá, parece que já fazia "parte da mobília"... Cheia de fome mas contente por não ter vomitado o xarope, caso contrário, teria que repetir tudo de novo!

 

No dia seguinte levantei o resultado das análises... Não queria acreditar nos valores:

  • Glicemia Jejum: 79 mg/dl;
  • Glicemia após 1 hora: 191 mg/dl;
  • Glicemia após 2 horas: 157 mg/dl.

 

Não estavam excessivamente altos, e apesar de não haver nenhum diagnóstico escrito nem valores de referência, nos resultados, sabia que tinha os critérios de uma Diabetes Gestacional!

 

Confesso que fiquei bastante desapontada com esta situação, sendo eu enfermeira, sabia exactamente do que se tratava... O meu marido não valorizou e até duvidou das minhas conclusões, mas eu tinha certeza do que se tratava e o que isto implicava... Um regime alimentar ainda mais apertado!

 

É claro que a primeira coisa que pensei foram nos chocolatinhos que ía deixar de comer, nos bolinhos, e até na quantidade de pão, massa, arroz e batatas que iria ter que começar a controlar... Mas quando se é mãe isto passa a ser secundário, e a vontade de fazer tudo direitinho em prol do nosso bébezinho passa a ser muito superior à vontade de comer essas gordices todas! Por isso, no mesmo dia que tive acesso aos resultados, eliminei os açúcares, os chocolates e os doces, sabia que não era a primeira nem iria ser a única, e o mais importante era, sem dúvida, ter a consciência tranquila por saber que não iria prejudicar o meu Principezinho!

 

Esperei uma semana para mostrar os resultados ao meu obstetra, data em que tinha marcada a consulta, estava tudo bem com o Gui, excepto os meus valores da PTOG... Mas isso eu já sabia! Mostrei o meu "descontentamento" com os resultados, e ele disse-me que não tinha motivos para me alarmar até porque estava tudo direitinho e o meu peso não tinha aumentado muito (5 Kg), mas mesmo assim fui encaminhada para a especialidade de endocrinologia.

 

Hoje fui à consulta e saí de lá escandalizada com a dieta que o endocrinologista me deu... Apenas 4 refeições por dia: pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar! O almoço e o jantar até que são bastante normais, agora o pequeno-almoço e o lanche da tarde... Acho que vou cair para o lado se só comer isto, e até sou capaz de emagrecer uns 5 kg daqui até à próxima consulta, que é daqui a 15 dias.

 

Agora tenho um plano alimentar e uma máquina de glicemia para controlar os valores de açúcar, antes e depois das refeições... 

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Amanhã conto-vos mais sobre este meu plano alimentar e como estão os meus primeiros valores glicemia (de açúcar no sangue).

Hoje acho que vou aproveitar para comer normalmente para ver até que ponto tenho o meu açúcar descontrolado!

 

 

 

O FACTOR RH NA GRAVIDEZ

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Se todos tivessemos o mesmo tipo sanguíneo a vida seria mais simples, porém não é o que acontece, pois para além de existir uma série de grupos sanguíneos (A, B, AB ou O), existe ainda o sistema Rh positivo e o negativo (quem é Rh positivo possui uma proteína chamada antígeno D na superfície dos glóbulos vermelhos, quem não tem esse antígeno é Rh negativo).

 

E embora esta variedade de tipagens sanguíneas não afectem a nossa saúde, sabe-se que o fator Rh pode afetar uma gravidez, basta que o sangue da grávida seja Rh negativo e o do pai do bebé Rh positivo, para que a gravidez tenha que ter cuidados especiais de forma a evitar complicações para o bebé. 

 

Ora é exactamente esse o meu caso, sou Rh negativo e o meu marido é Rh positivo, daí que existe uma possibilidade do nosso bebé ser também Rh positivo. O problema reside exactamente aí, ao eu ser Rh negativo e o meu bebé poder ser Rh positivo, se o meu sangue e o do bebé entrarem em contacto direto, por exemplo durante o parto, o meu sistema imunológico pode desenvolver anticorpos específicos contra o sangue do bebé reagindo como se ele fosse um "invasor".

 

Se isto acontecer, numa primeira gravidez, o bebé normalmente não será afetado. No entanto, se houver uma segunda gravidez e o bebé tornar a ser Rh positivo, os anticorpos do meu sistema imunitário (formados pelo meu corpo em reação ao contacto com o sangue do meu primeiro filho) poderão atravessar a placenta e destruir os glóbulos vermelhos do segundo bebé, durante a gravidez, provocando no bebé uma anemia, insuficiência cardíaca ou hepática, um problema conhecido pela doença hemolítica do recém-nascido ou eritroblastose fetal.

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COMO SE PODE EVITAR A INCOMPATIBILIDADE DE RH?

Felizmente, este problema de incompatibilidade sanguínea é facilmente controlado na gravidez.

 

Antes de engravidar, ou quando se sabe que se está grávida, o médico questiona sobre o grupo sanguíneo da mãe e do pai, e caso não se conheça são pedidas análises sanguíneas de forma a identificar o grupo sanguíneo (A, B, AB ou O) e se o fator Rh é positivo ou negativo.

 

Caso a mãe seja:

  • Rh Positivo, não haverá qualquer procedimento a seguir, independentemente do pai do bebé ser Rh positivo ou negativo

 

  • Rh Negativo e o pai Rh Negativo, também não haverá qualquer procedimento a seguir

 

  • Rh Negativo e o pai Rh Positivo (ou não se conhecer o grupo sanguíneo do pai), um teste de anticorpos ou aglutinação irregular será realizado várias vezes, ao longo da gravidez e um plano de tratamento é imposto. Neste caso, é necessário fazer uma injeção de imunoglobulina anti-D (Rh) às 28 semanas de gestação. No pós-parto, é realizado uma análise ao sangue do bebé, a partir do cordão umbilical, para determinar o tipo sanguíneo e o fator Rh, se o bebé for Rh positivo, uma nova injeção de imunoglobulina anti-D é administrada à mãe (no máximo até 72 horas após o parto). O sangue da mãe será também analisado, logo depois do parto, para detectar a presença de anticorpos, pois caso sejam encontradas grandes quantidades, pode ser necessária uma dose maior de imunoglobulina anti-D. Se o bebé for Rh negativo como a mãe, a segunda dose não será necessária. 

incompatibilidade do grupo Rh entre mãe e bebé.jPor isso, ontem lá fui eu cumprir com o meu dever de mãe, um gesto que não custou nada quando sabemos o bem que estamos a fazer ao nosso bebé!

 

 

BAIXA NORMANDIA

Mapa da Normandia.jpg

Este sábado, tal como tinhamos programado, fomos conhecer um bocadinho da Normandia (em francês, Normandie), uma região relativamente grande, situada a noroeste da França, a menos de uma hora de carro de Paris. 

 

A região é basicamente dividida por duas regiões administrativas: a Alta Normandia (onde se incluem os departamentos de Eure e Seine-Maritime, com as cidades de Giverny, Rouen, Etretat, Évreux e Le Havre) e a Baixa Normandia (onde estão os departamentos de Calvados, Manche e Orne, com as famosas cidades de Lisieux, Caen, Deauville, Trouville e Honfleur).

 

Possui uma costa com 600 km de extensão, repleta de natureza e paisagens rurais únicas, marcada pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Foi nas praias da Normandia que se deu o desembarque das tropas aliadas, a 6 de Junho de 1944, fato que desencadeou a reconquista da França, durante a Segunda Guerra Mundial, à dominação da Alemanha Nazista.

 

Um destino privilegiado para os parisienses, e não só, graças às suas belas praias, ao charme das suas cidades, às paisagens verdejantes e à sua arquitectura única, bem diferente das outras áreas do país. A região é tão grande que a variedade de roteiros é infinita, por isso, são precisos vários dias para conhecer esta região.

 

Como só tínhamos um dia para a visitar, optámos por conhecer algumas cidades da Baixa Normandia: Caen, Cabourg, Deauville, Trouville e Honfleur, na esperança de um dia visitar outras cidades!

 

 

CAEN - A Capital da Normandia

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Caen, é nada mais que a a capital da Baixa Normandia, e encontra-se a cerca de 200 km de Paris. Foi fundada por Guilherme, o Conquistador, no século XI, tendo sido praticamente destruída (cerca de 80%) durante a Segunda Guerra Mundial, e reconstruída nas décadas de 1950 e 1960.

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Uma cidade histórica cheia de encanto onde visitámos:

  • O Castelo de Guilherme, o Conquistador (Château de Caen), o monumento mais conhecido da cidade. Encontra-se no meio da cidade de Caen, possui uma área de 5,5 hectares sendo um dos maiores castelos da Europa Ocidental. 

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Actualmente,o castelo serve como um museu que acolhe no seu interior:

         - o Musée des Beaux-Arts de Caen (Museu de Belas Artes de Caen

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          - o Musée de Normandie (Museu da Normandia)

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         - a Église Saint-Georges (Igreja de São Jorge)

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        - o Échiquier de Normandie (Erário Público da Normandia)

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         - os vestígios du "Dojon"

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         - e os vestígios do Palácio Ducal (Palais Ducal)

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  • A Abadia de Saint-Étienne, também conhecida como Abbaye aux Hommes (Abadia dos Homens), é um dos edifícios românicos mais importantes na Normandia, fundado em 1063 por Guilherme, o Conquistador. Foi aqui que foi enterrado Guilherme, do qual actualmente só resta o fémur pois o túmulo original foi destruído várias vezes por revolucionários.

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  • Igreja Saint-Pierre, uma catedral que se encontra na zona antiga cidade de Caen, bem pertinho do Château de Caen.DSC08486.JPGDSC08524.JPG
 
 
 
CABOURG
 

 

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